Suspeito de sequestrar vereadora trans no Sul do ES é preso em Guarapari
Além do sequestro, o suspeito tinha mandado de prisão em aberto pelo crime de tráfico de drogas em Anchieta e por homicídio e homicídio tentado em Cachoeiro
Um homem de 38 anos, suspeito de ser um dos autores do sequestro a uma vereadora de Rio Novo do Sul, no último dia 22 de agosto, foi preso pela Polícia Civil em Taquara do Reino, Guarapari, nesta quarta-feira (1º).
Na ocasião, a vereadora foi resgatada 15 horas após o crime na localidade Recanto do Sol, no município de Anchieta. Dois suspeitos haviam sidos detidos no dia do fato e armas, munições e entorpecentes foram apreendidos.
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Fabiano Ramos Alfaiate foi levado para a Delegacia de Guarapari na manhã desta quarta. Ele chegou acompanhado por policiais que participaram da ação.
Além do sequestro, o suspeito tinha mandado de prisão em aberto pelo crime de tráfico de drogas em Anchieta e por homicídio e homicídio tentado em Cachoeiro de Itapemirim.
Vereadora foi sequestrada em agosto
A vereadora Larissa Bortolote (Republicanos), de 27 anos, foi sequestrada na manhã do dia 22 de agosto do ano passado, na localidade de Mundo Novo, em Rio Novo do Sul, e foi resgatada pela Polícia Civil no final da noite do mesmo dia.
Larissa é parlamentar da Câmara de Vereadores de Rio Novo do Sul. Conhecida como Lari Camponesa, ela se tornou a primeira trans eleita para o Legislativo municipal, em 2020, com 266 votos.
Na época do crime, a Polícia Militar informou que militares foram até a região após receberam a informação de que uma mulher teria sofrido um sequestro. No local, o pai da vítima relatou que, por volta das 7h, estava no curral da sua propriedade, junto com sua filha e um parente, quando chegaram dois homens armados em um veículo e ameaçaram todos.
Ainda de acordo com a polícia, em seguida, os suspeitos amarraram as mãos e os pés do pai e do outro familiar da vereadora e a levaram. Larissa estava com um celular quando foi levada, mas os policiais não conseguiram rastreá-lo.
Os suspeitos, conforme informou o pai à polícia, disseram que não fariam mal à mulher, mas que manteriam contato telefônico com os familiares. Horas após o fato, o irmão de Larissa recebeu uma ligação exigindo a quantia de R$ 250 mil.
Segundo a polícia, a família afirmou que não acionou a Polícia Militar e Civil, logo após o ocorrido, por receio de que os indivíduos fizessem algum mal à vereadora.
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