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Polícia

Rapaz fala sobre crime em Guarapari: "Não me lembro do momento do corte no intestino"

Jovem vítima conversou ao telefone com a RecordTV; ele está internado num hospital particular e disse que já caminha normalmente

Redação Folha Vitória

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Foto: Reprodução TV Vitória
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O universitário de 20 anos que sofreu um ferimento na barriga na praia do Ermitão, em Guarapari, disse que foi vítima de um ataque. O caso aconteceu há duas semanas. 

O rapaz está internado num hospital particular e disse, ao telefone para a equipe da RecordTV, que não corre risco de vida, segundo informações do Portal R7.  

A história ficou conhecida em todo o país depois de ganhar enorme repercussão nas redes sociais com a divulgação de uma série de especulações e até do vazamento de imagens da cirurgia à qual o jovem foi submetido.

À equipe das RecordTV, o rapaz disse que ele e a namorada estavam embriagados, mas não quis dizer se eles fizeram uso de substâncias ilícitas. 

Devido à embriaguez, o universitário afirma que não se recorda precisamente do que aconteceu, mas afirma que o casal foi surpreendido por um grupo de pessoas.

"Até agradeço a Deus por não lembrar, minha mente bloqueia. Lembro apenas da sensação de ser segurado e de ter sido golpeado muitas vezes na cabeça e no rosto. Não me lembro do momento do corte no intestino", disse ao telefone.
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Durante a entrevista, o rapaz informou que o celular foi levado pelos agressores, mas que a namorada conseguiu encontrar o aparelho dela jogado na areia. Ela fez contato com a família e encontrou com o pai no meio do caminho da trilha. Eles, então, esperaram pela chegada do resgate.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

De acordo com o universitário, ele passou por um procedimento em que conectaram as partes do intestino com o reto.

"Perdi uma parte do intestino, mas consigo viver com o que restou do trato intestinal. Já estou caminhando normalmente", afirmou, completando que, depois da operação, teria passado uma semana na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e, em seguida, foi transferido para um quarto.

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Ele disse que a namorada dele também sofreu lesões na cabeça e nos braços, mas que ela também não se lembra com detalhes da agressão.

"O estado dela era bem melhor que o meu. Eu lembro que me ajudou a chamar o socorro", afirmou.

O rapaz disse que aceitou falar com a reportagem para esclarecer as versões que circularam nas redes sociais. "Fico feliz de estar falando, vi o que estavam divulgando. Tinha várias histórias. Fiquei muito abalado."

Aplicativo e imagens

O rapaz também fez um desabafo em aplicativo de troca de mensagens. O texto que circula nas redes sociais teve a autoria confirmada pelo advogado que representa as famílias das vítimas.

Também nesta terça-feira (01), imagens obtidas com exclusividade pela equipe de jornalismo do Cidade Alerta Espírito Santo, da TV Vitória/Record TV, mostram o momento em que o casal chega ao Parque Morro da Pescaria, onde fica a praia.


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'Foi vítima de uma ação criminosa'

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O advogado Lécio Silva Machado, que representa os dois jovens, divulgou uma nota, na segunda-feira (31), em que diz que o casal "foi vítima de uma ação criminosa e violenta praticada por terceiros ainda desconhecidos, durante um luau que realizavam a dois".

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) afirmou que o Corpo de Bombeiros foi acionado para atender a uma ocorrência de ferimento por arma branca na madrugada de 16 de janeiro. 

Segundo a Sesp, a equipe chegou ao local e caminhou por cerca de um quilômetro por uma trilha para encontrar uma vítima do sexto masculino, que já estava sendo atendida por socorristas do Samu.

A nota diz, ainda, que, na ocasião, o jovem apresentava ferimento contundente na cabeça e evisceração, com quadro hemorrágico. 

Com apoio de um quadriciclo, o rapaz foi retirado e deixado na ambulância do Samu. O caso é investigado pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Guarapari. Nenhum suspeito foi detido.

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A Polícia Militar (PM) informou que recebeu informações na tarde de 16 de janeiro de que os pertences dos envolvidos na tentativa de homicídio estariam na praia do Ermitão, em Guarapari. 

Os militares "visualizaram sangue na areia da praia do Ermitão, garrafas quebradas e pedaços de órgãos da vítima", segundo informação repassada pelo comandante do 10º Batalhão, tenente-coronel Emerson Caus.

*Com informações do Portal R7




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