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Polícia

Esposa que teria mandado matar marido para receber pensão tinha casos extraconjugais, diz delegado

Segundo as investigações, Iraci Bezerra Miranda pretendia se livrar do marido. Ela foi presa na manhã desta quarta-feira (20)

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução
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Presa na quarta-feira (20) por suspeita de ser a mandante do assassinato do marido, Iraci Bezerra Miranda pode ter planejado o crime para ficar com o dinheiro da pensão de Luiz Carlos Devens, 49 anos.

As informações são do titular da Delegacia de Segurança Patrimonial (DSP), delegado Henrique Vidigal, responsável pelas investigações do caso.

De acordo com Vidigal, a Polícia Civil (PC) trabalha com a hipótese de o crime ter motivações passionais e financeiras. "Passamos a receber muitas informações veladas a respeito da participação da própria esposa da vítima. Segundo apuramos até o momento, a esposa mantinha diversos relacionamentos extraconjugais, que seriam, inclusive, de conhecimento da família da vítima e da própria vítima. Sem sombra de dúvidas, a Iraci praticou esse crime com objetivo de se ver livre do Luiz Carlos. Não sei o que acontecia no relacionamento deles, isso ainda será objeto de apuração. Mas, pelo que entendemos, ela, além de querer se separar, teria interesses financeiros nas possíveis pensões, seguros e bens que o Luiz Carlos possuía", afirmou Vidigal.

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Iraci, que prefere ser chamada de Carol, foi presa na manhã desta quarta-feira, no bairro Jesus de Nazareth, em Vitória, na casa dos pais. Durante a operação, batizada de "Viúva Negra", os policiais civis também fizeram buscas em mais cinco endereços e prenderam outros dois suspeitos de envolvimento no crime: Carlos Francisco da Silva, o Cal, e a irmã dele, Sônia Francisco da Silva, a Tia Sônia.

Carlos alega ser inocente. Segundo a polícia, ele trabalhava como jardineiro na casa de Iraci e Luiz Carlos há um ano. As investigações apontam que Carlos e Sônia são o único elo entre Iraci e o suspeito de ser o executor do assassinato, Robert Smit Teófilo Rocha, de 23 anos, que continua foragido.

A polícia acredita que os dois irmãos receberiam dinheiro para indicar a Iraci alguém que aceitasse matar Luiz Carlos. A polícia ainda não sabe quanto foi oferecido aos suspeitos nem se o pagamento foi realizado.

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Ainda de acordo com a polícia, Robert receberia um pagamento pelo assassinato e usaria o dinheiro para investir no tráfico de drogas. Ainda não se sabe se ele recebeu o pagamento nem quanto foi oferecido.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Robert tem passagens pela Justiça por tráfico de drogas e homicídio. "Ele estava cumprindo pena e, numa saída temporária, não retornou ao presídio e estava sendo procurado. E agora também pesa contra ele o mandado de prisão temporária por homicídio qualificado", frisou.

Durante as buscas nesta quarta-feira, os policiais também foram a uma casa no bairro Porto Belo I, em Cariacica, onde Robert poderia estar escondido. O suspeito não foi localizado, mas, no imóvel, a polícia encontrou 76 kg de maconha. Um homem de 35 anos, que estava na casa, acabou detido em flagrante por tráfico de drogas.

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Sônia, Iraci e Carlos estão em prisão temporária por homicídio qualificado e foram conduzidos para o sistema prisional na tarde desta quarta-feira.

Assassinato

Luiz Carlos foi assassinado no dia 10 de janeiro deste ano, quando chegava em casa, em Parque Residencial Nova Almeida, na Serra. Ele estava de carro, com a família, quando foi rendido por homens armados que, segundo a polícia, exigiram o dinheiro do cofre. Durante a ação dos criminosos, a mulher e as filhas do eletricista ficaram trancadas no banheiro.

Ainda segundo a polícia, Luiz Carlos teria entrado em luta corporal com os bandidos. Ele foi baleado na cabeça e morreu. Os criminosos fugiram e levaram, pelo menos, três celulares. Por causa da dinâmica do crime, o caso estava sendo tratado, desde então, como latrocínio - roubo com morte - e, por isso, foi encaminhado para a Divisão Patrimonial.

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O eletricista era natural do município de Aracruz e morava no bairro há poucos anos. Ele e Iraci tiveram duas filhas: uma adolescente de 15 ano e uma jovem de 19. Nesta quarta-feira, elas também foram conduzidas à delegacia, na condição de testemunhas, e prestaram depoimento. A polícia também pediu a quebra de dados telefônicos das meninas e de todos os suspeitos presos.

Com informações da repórter Camila Ferreira, da TV Vitória/Record TV!

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