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Polícia

Ex-goleiro Bruno diz que nada traria Eliza Samudio de volta

Com habeas corpus concedido em caráter liminar pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-atleta do Flamengo foi liberado da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac)

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
audima
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Belo Horizonte - Menos de 24 horas após ser libertado, o goleiro Bruno Fernandes afirmou em entrevista para uma emissora nacional que, independentemente do tempo que ficasse na prisão, isso "não traria a vítima" de volta. Com habeas corpus concedido em caráter liminar pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-atleta do Flamengo foi liberado da Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (Apac), onde cumpria pena de 22 anos e 3 meses de prisão pelo sequestro, assassinato e ocultação de cadáver da ex-amante, Eliza Samudio, com quem teve um filho.

"Independentemente do tempo que fiquei, também quero deixar bem claro. Se ficasse lá, se tivesse prisão perpétua, não ia trazer a vítima de volta", ressaltou ele. Na decisão, o ministro Marco Aurélio afirmou que "a esta altura, sem culpa formada, o paciente está preso há seis anos e sete meses" e "nada, absolutamente nada, justifica tal fato".

Bruno foi solto após habeas corpus deferido pelo ministro do STF Marco Aurélio Mello Foto: TJMG
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E continuou: "A complexidade do processo pode conduzir ao atraso na apreciação da apelação, mas jamais à projeção, no tempo, de custódia que se tem com a natureza de provisória."

Eliza Samudio foi dada como desaparecida em 4 de junho de 2010. Bruno foi preso em 7 de julho do mesmo ano. O corpo de Eliza nunca foi encontrado. Ela pressionava o ex-goleiro para que reconhecesse o filho, hoje com 7 anos. O fato de ser réu primário, entre outras condições, também levou à liminar. A decisão no entanto, tem caráter liminar e será submetida ao Pleno do STF em data ainda a ser definida. Conforme o caso, Bruno pode voltar para a prisão.

Na entrevista, Bruno afirma ainda que não apagaria nada do passado e a prisão foi um aprendizado. "Paguei pelo meu erro. Agora, paguei e paguei caro. Não foi fácil. Não apagaria nada. Serve para mim como aprendizado, não como punição", afirmou.

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"Quero deixar bem claro. Vou recomeçar. Não importa que seja no futebol ou em outra área profissional, mas como vou estar no meio do futebol, é o que almejo", disse ele. Segundo o advogado do goleiro, Lúcio Adolfo, Bruno estaria em negociação para voltar a jogar futebol por um dos times que disputam os campeonatos estaduais em andamento no País.

Injustiça

Anteontem, à Rádio Estadão, Lucio Adolfo reiterou que a manutenção da prisão seria "absurda": "Olha, Justiça demorada é pior que injustiça". O goleiro deverá manter residência fixa e comparecer à Justiça sempre que convocado. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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