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CASO ÍRIS ROCHA

Veja tudo o que o suspeito de matar enfermeira grávida falou para a polícia

Cleilton Santana dos Santos prestou depoimento no Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Ele negou o crime

Maria Clara Leitão

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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Preso como principal suspeito de ter matado a tiros a ex-namorada, a enfermeira Íris Rocha, grávida de 8 meses, Cleilton Santana dos Santos prestou depoimento no Departamento Especializado de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na noite de quinta-feira (18) e negou as acusações. 

A enfermeira morava sozinha em Jacaraípe, na Serra, e fazia mestrado na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O corpo dela foi encontrado no dia 11 de janeiro, às margens da ES-383, em Alfredo Chaves, mas só foi reconhecido na segunda-feira (15) com ajuda de um cartão de crédito encontrado na roupa dela.

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Após depor, Cleilton foi encaminhamento ao Centro de Triagem de Viana (CTV), onde está preso.

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O Folha Vitória teve acesso ao depoimento na íntegra e, no documento, é possível ver que Cleilton fala sobre o início do namoro com Íris, arma e munições apreendidas e nega ter agredido fisicamente a ex-namorada.

Parentes e amigos de Íris, assim como apurações da polícia, relatam que Cleilton tinha comportamento agressivo e dominador, controlando roupas, ligações e contatos com amigos.

Confira abaixo todos os pontos relatados pelo suspeito à polícia:

Crime e local do corpo

Ao ser questionado se cometeu o crime registrado em Alfredo Chaves, onde o corpo da vítima foi localizado, ele respondeu que não e disse que aproximadamente três anos não visitava a cidade. 

Começo do namoro 

Sobre o relacionamento com Ísis, Cleilton afirmou que começou um relacionamento com a vítima no mês de abril de 2023, após terem se conhecido em uma loja de essências no bairro de Jardim da Penha. 

Dois meses após o início do namoro, a vítima foi morar na casa dos pais de Cleilton até o dia 04 de outubro de 2023. 

Relacionamento 

No interrogatório, o suspeito afirmou durante o relacionamento nunca teve nenhum tipo de problema com Íris, que nunca a agrediu ou a ameaçou. Além disso, afirmou que a vítima possuia um “comportamento destemperado”. 

"Mata-leão"

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Sobre Íris ter ido até a delegacia para registrar a ocorrência de violência doméstica, registrada no dia 04 de outubro de 2023, alegando que o namorado havia dado um “mata-leão”, Cleilton negou a acusação. 

Além disso, destacou que teria tomado conhecimento da denúncia porque Íris ligou para ele para informar. O suspeito alega que a enfermeira falou que se ele não voltasse para ela que não iria "retirar a queixa".

Queixa de "denúncia caluniosa"

Cleilton afirmou que registrou um boletim de ocorrência no dia 10 de outubro de 2023 prestando queixa de denúncia caluniosa.

Ele alega que, após esse fato, não procurou mais a vítima. O suspeito declarou ainda que Íris sempre ligava para ele tentando reatar o relacionamento.

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Filho

Cleilton declarou que sabia que a vítima estava grávida e que tomou conhecimento disso no dia em que Íris registrou a ocorrência contra ele na polícia e ligou para o ex-namorado para comunicar a queixa. Ele disse que "apesar dela não ter dito que o filho era dele, deduziu que o filho era seu".

Arma no cofre 

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O suspeito afirmou que possui uma pistola ponto 40 registrada como CAC, carregadores e munições dentro de um cofre em sua casa (o cofre foi apreendido pela polícia). Ele disse que poderia passar a senha do cofre para a polícia.

Também foi apreendido na casa um aparelho celular, que Cleilton disse que estava sem uso e ser de sua propriedade. 

Noite do crime 

Ao ser questionado onde estava entre os dias 10 e 11 de janeiro, dia em que o corpo da enfermeira foi encontrado, Cleilton afirmou que durante o dia estava em casa com a irmã. Já durante o período noturno, ele alegou que trabalhou como motorista de aplicativo. 

Já foi policial militar?

Ao ser questionado sobre a carreira militar, o suspeito respondeu que ingressou no Exército no dia 4 de maio de 2015 e serviu até o dia 28 de fevereiro de 2017, por isso é reconhecido como “soldado Santana”. 

Entretanto, Cleilton alegou que nunca disse para a vítima que era policial militar, mas afirmou que possuía o sonho de ser.

Última vez que viu Íris e pensão

Cleilton disse que a última vez que conversou pessoalmente com a vítima foi no dia 5 de outubro do ano passado e desde então não viu mais Íris.

Declarou também que, na conversa que teve com a ex-namorada, se disponibilizou a pagar pensão ao filho que iria nascer.

Foto: Divulgação
Íris Rocha tinha 30 anos e foi morta a tiros 

O QUE DIZ A DEFESA DO SUSPEITO

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A defesa de Cleilton enviou nota à imprensa e declarou que "a investigação está em fase inicial, pendente de perícias e oitivas de testemunhas. Portanto, nesse momento, qualquer dedução sobre a autoria do crime é precipitada"

"Esclarece ainda, que o investigado está colaborando com a investigação, fornecendo as chaves do veículo, senha do cofre e se colocando à disposição para coleta de material biológico. Sendo assim, aguardamos a conclusão do inquérito para maiores esclarecimentos", diz a nota. 

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