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Polícia

Cartão de banco ajudou a polícia a identificar enfermeira grávida assassinada

Corpo estava sem identificação no IML de Cachoeiro e foi a partir de cartão deixado para trás pelo assassino que a polícia chegou à família de Íris Rocha

Elisa Rangel

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
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Quatro dias após o corpo de uma mulher ser encontrado na ES-383, em Alfredo Chaves, região Sul do Estado, foi que a Polícia Civil conseguiu a identificação da vítima: a enfermeira Íris Rocha, de 30 anos, que estava grávida de 8 meses. E a identificação só foi possível porque o assassino deixou para trás um cartão de banco da vítima.

De acordo com o relato dos policiais militares que atenderam a ocorrência, conforme consta em boletim unificado, por volta de 11h30 da última quinta-feira (11) eles foram acionados para irem a um trecho da ES-383, onde estaria o corpo de uma pessoa. O local fica na localidade de Iracema, na estrada rural que liga Matilde a São Bento de Urânia.

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Eles chegaram ao local às 14 horas, sendo acompanhados por policiais civis e também da delegada Maria da Glória, que atua em Alfredo Chaves.

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A vítima, que estava às margens da estrada, foi morta com pelo menos dois tiros no tórax, no lado esquerdo. No local onde o corpo estava foram encontradas cinco cápsulas de pistola calibre 40. Na ocasião, não foi possível fazer a identificação porque o corpo estava coberto com cal.

No entanto, no bolso da roupa que a enfermeira usava a perícia encontrou um cartão de banco com o nome Íris R. Souza. Foi a partir desse nome que a polícia começou a fazer buscas e cruzamento de informações para chegar à família da vítima.

Família foi chamada ao IML de Cachoeiro de Itapemirim

O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Estado. A cada dia, a polícia fazia novas pesquisas, até que na segunda-feira (15) conseguiu contato com a família de Íris e pediu que algum parente fosse ao IML identificar o corpo de uma mulher que havia sido localizado.

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A princípio, segundo familiares, ninguém acreditou. Mas como tentaram ligar e encontrar Íris, sem sucesso, foram para o IML. Não foi preciso fazer exame de DNA, mesmo com a dificuldade de identificação em função do tempo do crime.

A enfermeira morava sozinha em Jacaraípe, na Serra, mas sempre estava na casa da mãe, em Vitória. Segundo a família, não havia nenhum motivo para Íris estar na região de Alfredo Chaves.

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Os parentes relataram que, mesmo sem notícias de Íris há alguns dias, não haviam feito boletim de ocorrência sobre o desaparecimento da enfermeira porque ela costumava ser bastante caseira e estava em um período de muitos estudos.

Foto: Elisa Rangel | Folha Vitória
Enterro da enfermeira Íris Rocha executada

Durante o velório e enterro, na manhã desta terça-feira (16), em cemitério particular na Serra, familiares, amigas e colegas da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), onde Íris fazia mestrado, disseram apenas que o último contato que tiveram com a enfermeira foi na quarta-feira (10), um dia antes do corpo ser localizado.

A mãe da vítima, Márcia Rocha, pede por justiça e que o culpado seja identificado e preso. "A gente pede muita ajuda para encontrar o 'crápula' que fez isso com ela", clamou.
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Em nota, a Polícia Civil diz que o fato segue sob investigação da Delegacia de Polícia de Alfredo Chaves. Para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação será repassada.

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