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Polícia

'PMs devem se entregar para serem presos', afirma líder grevista do RN

No domingo (31), Justiça mandou prender agentes que apoiassem paralisação

Redação Folha Vitória
audima
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"Se nada for resolvido até amanhã, alguns policiais militares devem se entregar ao quartel para serem presos", afirmou o presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Natal (RN), subtenente Eliabe Marques, em entrevista ao R7.

A categoria está em greve desde o dia 19 de dezembro e solicita melhores condições de trabalho — o salário de 86% dos policiais civis e militares foi pago na última sexta-feira (29).

No último domingo (31), o desembargador Claudio Santos, do plantão judicial do TJ-RN (Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte), atendeu a um pedido do governo estadual e determinou que os comandantes da PM, Corpo de Bombeiros e o delegado-geral da Polícia Civil prendam quem apoiar ou defender a greve.

O presidente da associação diz que o "governador do Estado [Robinson Faria (PSD)] não tem a humildade de reconhecer o problema" e, como consequência, não tem uma solução para a crise que assola a segurança pública no Rio Grande do Norte. "O Estado nos abandonou", afirma. "E abandonou a população também".

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Para Marques, a única saída que o Estado vê é a prisão dos agentes de segurança. "É lastimável o que está acontecendo. Se a Justiça entende que nós estamos contrariando a lei, nós iremos nos entregar", lamenta.

O presidente da associação explica que, na terça-feira (2), os policiais militares já queriam se entregar. "Só não se entregaram porque conseguimos retomar a situação e esperar mais um pouco", disse Marques, que é um dos líderes da greve.

Os policiais que se dispuseram a voltar para o patrulhamento ostensivo estão fazendo isso a pé. A assessoria de imprensa do Comando Geral da Polícia Militar confirmou a retomada dos serviços, mas ocorre de forma gradativa.

Reivindicações

A categoria solicita melhores condições de trabalho como reforma de viaturas e compra de equipamentos. Marques comenta que uma das indignações é a falta de coletes táticos para uso dos policiais militares. "O número efetivo de PMs atualmente é de 7.600. Mas nossos coletes não chegam a 3.000", afirma.

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O presidente da associação relata que as viaturas do Estado estão em péssimas condições de uso. Segundo o presidente, 85% dos automóveis têm problemas de segurança que impedem o policial de ir à rua com o veículo.

"Na semana passada, um cabo morreu durante uma ronda na cidade de Alexandria por causa do freio da viatura", disparou.

Questionada pelo R7, a assessoria da Polícia Militar informou, por telefone, que o incidente está sendo investigado pelo 7° Batalhão, o qual aguarda a conclusão da perícia. "É cedo afirmar que o acidente foi causado por causa da falta de freio", afirmou o coronel Eduardo Franco.

Franco comentou também que o comandante geral da PM não se posicionou se irá ou não prender, de fato, tais PMs que se entregarem. "Ele está analisando, juntamente com o governo, qual atitude deverá ser tomada", disse.

Histórico

O Estado do Rio Grande do Norte enfrenta paralisações das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros desde o dia 19 de dezembro. A categoria pede regularização de salários atrasados e melhores condições de trabalho. Os agentes de segurança se negam a sair dos prédios públicos e trabalham, então, em regime de plantão.

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No dia 25 de dezembro, a desembargadora Judite Nunes, do TJ-RN, aceitou pedido da Procuradoria do Estado e considerou a paralisação ilegal. A Justiça determinou que os agentes públicos reassumissem suas funções imediatamente. Mas os policiais decidiram manter a ação de não ir às ruas.

O Estado solicitou ao governo federal o envio da tropa do Exército para conter a onda de ocorrências registradas como furtos, roubos e saques. A ação, denominada de Potiguar III, começou na sexta-feira (29) na região metropolitana de Natal e no município de Mossoró. Ao todo, 2.800 homens patrulham as cidades.  

Com informações do Portal R7!

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