Taxa de homicídios cai e Vitória entra para o ranking de capitais mais seguras do país, diz Sesp
A taxa de homicídio de mulheres também caiu, e o Espírito Santo, que já ocupou o primeiro lugar neste ranking, registrou 4,8 mortes para cada 100 mil
O Espírito Santo atingiu a menor taxa de homicídio dos últimos 28 anos, de acordo com os dados da Secretaria de Segurança Púbica do Estado (Sesp). Foram seis anos seguidos de redução e, comparado ao ano de 2015, houve uma queda de 15%. Os números foram divulgados na manhã desta terça-feira (3).
Foram 29 mortes para cada grupo de cem mil habitantes. “Foi um trabalho integrado feito nos últimos anos com muito planejamento e ação das polícias, integrado também com os municípios”, disse o secretário de Segurança Pública, André Garcia.
A capital deixou de ser a mais violenta para estar entre as mais seguras do Brasil, segundo o secretário.
“Vitória, que era a segunda capital mais violenta, agora é a antepenúltima. Agora é mudar a imagem, pois é importante que a gente divulgue isso, pois o sentimento não acompanha os resultados”, destacou o secretário.
A taxa de homicídio de mulheres também caiu. E o Espírito Santo, que já ocupou o primeiro lugar neste ranking, registrou em 2016 4,8 mortes para cada 100 mil mulheres. “Desde que se começou a registrar homicídios de mulheres no Estado, a nossa taxa sempre esteve muito acima da taxa nacional. No ano passado ela chegou à média nacional, que ainda é muito elevada, mas é o primeiro passo para a gente tirar o Espírito Santo das primeiras colocações”, afirmou.
Para Garcia, a notícia não é para ser comemorada, até porque ainda há muito a ser feito. De acordo com ele, a divulgação dos dados é uma maneira de também pedir ajuda a sociedade, uma vez que muitos crimes acontecem por conta da intolerância.
“A grande parte dos homicídios acontece por situações que poderiam ser evitadas se as pessoas pensassem duas vezes antes de praticar atos violentos, se partissem para a mediação, diálogo. De 40% das mortes, no geral, acontecem por intolerância. A redução de homicídio não se sente. Não é uma questão que sente na pele, até porque as ocorrências continuarão acontecendo, mas a quantidade vem caindo. Isso que é importante, reduzir uma quantidade que era abusiva”, relatou o secretário.