“Morreu”: Ana Paula Araújo paralisa Bom Dia Brasil às pressas com adeus de famoso nesta terça (10)
A morte do escritor foi anunciada pela Secretaria de Cultura do Paraná; obra de Trevisan é marcada por temas sombrios e retratos únicos de Curitiba.
O renomado escritor Dalton Trevisan, conhecido como "O Vampiro de Curitiba", morreu aos 99 anos, conforme confirmado pela Secretaria de Estado da Cultura do Paraná (SEEC) na última segunda-feira (9).
A notícia foi repercutida na manhã desta terça-feira (10) durante o telejornal Bom Dia Brasil, da TV Globo. A apresentadora Ana Paula Araújo interrompeu a programação ao vivo para prestar homenagem e relembrar a trajetória do autor.
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Trevisan foi um dos maiores nomes da literatura brasileira, conhecido tanto por sua obra singular quanto por sua postura reclusa.
Ele evitava aparições públicas, entrevistas e fotos, preferindo manter uma vida reservada, mas profundamente dedicada à escrita.
Entre suas obras mais notáveis estão O Vampiro de Curitiba, A Polaquinha e Cemitério de Elefantes, que exploram com profundidade temas sombrios como dramas familiares, traições e ciúmes.
De acordo com informações divulgadas no telejornal, Trevisan faleceu em sua residência, mas a família optou por não divulgar detalhes sobre o horário ou a causa da morte. Também foi informado que não haverá velório e que o corpo será cremado em uma cerimônia privada na região metropolitana de Curitiba.
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UM LEGADO LITERÁRIO INCONFUNDÍVEL
Dalton Trevisan nasceu em 1925, na capital paranaense, e fez de Curitiba o cenário central de suas narrativas. Sua obra é reconhecida por retratar uma cidade ao mesmo tempo sombria e lírica, onde o cotidiano banal convive com dramas intensos.
A secretária de Cultura do Paraná destacou a importância do escritor em uma nota oficial:
“Seus livros revelam uma Curitiba sombria, mas também lírica, onde a banalidade do cotidiano convive com dramas intensos. Ele criou uma obra enraizada na capital paranaense, elevando suas ruas e seus bairros a verdadeiros personagens”.
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Trevisan recebeu diversos prêmios ao longo da carreira, incluindo o Prêmio Camões em 2012, um dos mais importantes reconhecimentos literários em língua portuguesa. Apesar da fama, manteve-se fiel à sua escolha pelo anonimato, preferindo observar o mundo ao invés de se expor a ele.
"Tão silencioso quanto viveu, Dalton se foi"
Durante a exibição de uma reportagem especial no Bom Dia Brasil, Ana Paula Araújo destacou o contraste entre a vida reservada do autor e o impacto duradouro de sua obra:
“Tão silencioso quanto viveu, Dalton se foi. Permanece um mistério, mas sua obra é imortal”.
A perda do escritor representa o adeus a um dos grandes cronistas das angústias humanas e das nuances da vida urbana no Brasil.
Dalton Trevisan será lembrado não apenas por seus contos marcantes, mas também por sua capacidade única de transformar o comum em extraordinário.