Jovens capixabas passam até 8 horas diárias nas redes sociais
Estudo da Faesa mostra que jovens de 16 a 29 anos gastam até 8 horas diárias nas redes, impactando relações pessoais e aumentando a ansiedade
Que os jovens passam muito tempo nas redes sociais todos sabem, mas, um estudo realizado pelo Centro Universitário Faesa mostrou que jovens, de 16 a 29 anos, passam até 8 horas por dia nas redes.
De uma forma mais detalhada, a pesquisa mostrou que 72% dos jovens utilizam as redes sociais por 4 horas diárias, enquanto 13% fazem o uso das redes por 8 horas diárias. O estudo procurou entender o que a tecnologia está causando nos jovens da geração atual.
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A pesquisa, liderada pelo professor da Faesa, Felipe Dall'Orto, revela a realidade por trás do excesso de conectividade vivido por muitos jovens. Muitos demonstram dificuldade em manter a atenção em tarefas longas, priorizando conteúdos rápidos, como vídeos de 15 segundos.
"A pesquisa mostra que o excesso de conexão tem impactado as relações pessoais, fazendo com que busquem validação nos ambientes digitais e provocando uma necessidade de pertencimento", destaca o professor.
O professor também afirmou que os principais impactos causados pelo excesso de conectividade é a ansiedade como ponto negativo, mas que, ao mesmo tempo, é uma sociedade com mais acessos, sendo um ponto positivo.
"Temos visto uma geração mais ansiosa, acelerada e com dificuldade de planejamento a longo prazo. Ao mesmo tempo, é uma geração que tem acesso a conteúdos mais diversos, com possibilidade de ampliar o próprio repertório cultural", afirma Dall'Orto.
Além disso, o pesquisador acredita que a geração atual de jovens da faixa etária trabalhada no estudo possui uma alta carga de informações, devido a hiper conectividade, mas que não estão sabendo administrar essas informações.
"A facilidade de acessar qualquer conteúdo tem feito com que 'saibam' de tudo, mas até a segunda página do jornal. É uma geração que tem acesso a muitas informações, mas que não tem, necessariamente, a capacidade de interpretar essas informações, ou seja, há muito texto, mas pouco contexto."
Para haver um equilíbrio entre os pontos bons e ruins da tecnologia, Felipe Dall'Orto acredita que a criticidade é o caminho para que as pessoas compreendam o que é positivo e negativo nas redes.
Ele também destaca que a educação é a principal estratégia para que esse tema seja debatido.
"Precisamos provocar o debate e a reflexão, mostrar as vantagens e desvantagens desse uso, tornando o uso mais consciente. É a utilização com propósito, promovendo uma construção de conhecimento colaborativa, estimulando o pensamento crítico e os ajudando a ter uma visão mais crítica sobre os conteúdos que consomem", destaca o pesquisador.