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Rede vai ao STF e pede vacinação para crianças sem prescrição médica

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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A Rede Sustentabilidade foi ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 24, e pediu que a Corte determine que o Ministério da Saúde disponibilize vacinas para crianças independentemente de prescrição médica. A ação está com o ministro Ricardo Lewandowski, que pode decidi-la a qualquer momento.

Ontem, o ministro Marcelo Queiroga defendeu a vacinação a crianças, mas somente com prescrição médica e autorização dos pais. A medida contrariou especialistas, que apontaram desnecessidade da medida, já que as vacinas são eficazes e seguras.

De acordo com a Rede, "o Brasil caminhará na contramão do consenso científico mundial se não ministrar de modo efetivo os imunizantes aprovados pela Anvisa - até o momento, a dose especial da vacina da Pfizer - para o público infantil".

A Anvisa já autorizou a aplicação das vacinas e vem sendo alvo de críticas de Jair Bolsonaro e apoiadores. A Polícia Federal investiga ameaça a diretores e servidores da agência após o presidente defender a divulgação de seus nomes.

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"Quantas crianças brasileiras contrairão Covid-19 e virão a óbito ou sofrerão com as graves consequências dessa doença, pela falta do devido acesso às vacinas já produzidas com base na ciência e que já salvaram um sem número de pessoas de outras faixas etárias? Quantas crianças precisarão pagar com suas vidas pela omissão homicida e pelo negacionismo baseado na crença em teorias conspiratórias por parte de autoridades públicas?", questionou o partido ao Supremo.

Ricardo Lewandowski está trabalhando, apesar do recesso do Judiciário. No início desta semana, ele atendeu a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e permitiu que o governo apresente um plano de vacinação infantil até dia 5 de janeiro. Ontem, Queiroga disse que esse será o prazo necessário para autorizar a imunização infantil.

O ministro também falou ontem que as mortes pela doença nessa faixa etária estão em nível que não demanda "decisões emergenciais". Conforme o Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, ao menos 1.148 crianças de 0 a 9 anos já morreram de covid no Brasil desde o início da pandemia.

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"A morte de crianças brasileiras para a covid-19 são tratadas, pelo Ministro da Saúde, como mera estatística e absoluto descaso, como se fosse aceitável que pais e mães enterrem seus filhos devido ao infindável e mórbido negacionismo das autoridades que integram a cúpula do Governo Federal e se negam a fornecer, de forma célere e eficiente, as vacinas já aprovadas para esse uso pela Anvisa", indignou-se o partido no pedido.

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