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Novos líderes social-democratas ameaçam coalizão na Alemanha

Comando do conservador União Democrata-Cristã (CDU) rejeitaram as demandas da nova liderança esquerdista

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Foto: Divulgação
O bloco de Merkel (foto) poderia tentar continuar em um governo minoritário
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As perspectivas de eleições antecipadas ou de um governo de minoria aumentaram na Alemanha após os líderes do conservador União Democrata-Cristã (CDU) rejeitarem as demandas da nova liderança esquerdista do Partido Social Democrata (SPD) para renegociar os termos da aliança entre eles.

A líder do CDU, Annegret Kramp-Karrenbauer, disse que o acordo de coalizão com o SPD deve permanecer intacto ou o partido deve deixar o governo. A afirmação representa um desafio aos novos líderes do SDP, Saskia Esken e Norbert Walter-Borjans, que terão de decidir se querem ou não continuar no poder.

Ao escolher a dupla de centro-esquerda no sábado como seus novos líderes, o SDP rejeitou a equipe rival que incluía o vice-chanceler alemão Olaf Scholz e defendia fortemente uma coalizão com a chanceler Angela Merkel.

Walter-Borjans e Esken são mais céticos, ainda que não tenham advogado em favor de uma rápida saída. Eles têm defendido a renegociação de questões como o valor do salário mínimo, proteção climática e investimentos. Não está claro quão profundas são suas demandas.

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O congresso do partido, que teve início na sexta-feira, deve mostrar o que os social-democratas querem exatamente para permanecer na coalizão, a quase dois anos das próximas eleições no país. O partido tem mirado na queda nas pesquisas a longo prazo que muitos atribuem ao fato de ele ter passado 10 dos últimos 14 anos como um parceiro menor na coalizão de governo.

Revisão a médio prazo

O CDU, de Merkel, deixou claro que não vê necessidade para uma mudança significativa da aliança. O acordo da coalizão prevê uma revisão a médio prazo, incluindo a consideração de que "novos planos devem ser acordados à luz dos desenvolvimentos atuais".

Annegret Kramp-Karrenbauer afirmou à TV ZDF que a nova liderança não significa uma mudança crucial ao ponto de ter de renegociar completamente a coalizão.

"O acordo de coalizão é a base sobre a qual estamos trabalhando e é válido para todo o mandato parlamentar", disse ela. "Estamos nos concentrando em nos dedicar ao trabalho de substância, não somos um centro de terapia para os partidos da coalizão."

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Ela observou que os outros dois partidos da coalizão mudaram de líder desde que o governo assumiu o cargo sem exigir renegociação. Enquanto ela e outros conservadores estão firmemente descartando a possibilidade de uma renegociação radical, é possível que haja algum espaço para conversações - é improvável que a CDU queira ser vista como responsável pelo colapso da coalizão.

Se os social-democratas decidiram sair, não está claro o que aconteceria. O bloco de Merkel poderia tentar continuar em um governo minoritário, ou o resultado poderia ser uma eleição antecipada. Merkel disse que esse é seu último mandato e não concorrerá nas próximas eleições, atualmente previstas para o outono (norte) de 2021

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