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Um mês após chegada de lama ao Espírito Santo, ministra retorna para avaliar ações do governo

Izabella Teixeira se encontrará com o governador Paulo Hartung, no Palácio Anchieta, e apresentará um balanço das ações de recuperação da bacia do Rio Doce

Redação Folha Vitória
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Ministra voltará ao Espírito Santo nesta quarta para acompanhar as ações de recuperação do Rio Doce Foto: Divulgação
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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, voltará ao Espírito Santo nesta quarta-feira (16) para acompanhar o desdobramento das ações que estão sendo realizadas para minimizar os danos provocados pela lama com rejeitos de minério que atinge o Rio Doce desde o mês passado. 

Izabella Teixeira se encontrará com o governador Paulo Hartung, no Palácio Anchieta, em Vitória, e concederá uma coletiva, às 14 horas, quando deve apresentar um balanço das ações de recuperação da bacia do Rio Doce.

O retorno da ministra ao Espírito Santo foi combinado junto ao governador no último dia 23 de novembro, durante a segunda visita de Izabella ao Estado após o rompimento da barragem. Na oportunidade, a ministra do Meio Ambiente esteve em Linhares, no norte do Estado, e visitou a foz do Rio Doce, no distrito de Regência, que também foi atingido pela lama.

Situação dos municípios capixabas

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A chegada da lama ao Espírito Santo completa exatamente um mês nesta quarta-feira. Para checar de perto como estão hoje os municípios capixabas atingidos pela tragédia, a equipe da TV Vitória/Record voltou a sobrevoar o Rio Doce, nessas regiões, na manhã desta terça-feira (15). 

A situação permanece exatamente a mesma em Baixo Guandu, Colatina e Linhares, que devem amargar, durante muito tempo, os problemas trazidos pelos rejeitos de minério. A estimativa é de que cerca de 317 mil pessoas tenham sido impactadas, direta ou indiretamente, pelo desastre ambiental nos municípios capixabas banhados pelo Rio Doce.

Equipe da TV Vitória voltou a sobrevoar o leito do Rio Doce no Espírito Santo nesta terça-feira Foto: TV Vitória

Em Baixo Guandu, por exemplo, uma usina hidrelétrica desativada há 40 anos voltou a contribuir para o abastecimento da população. Dessa vez, não de energia elétrica, mas de algo tão importante quanto: água. Depois de passarem por uma obra, os dutos da barragem, antes sem utilidade, agora são responsáveis por levar as águas do Rio Guandu para a estação de tratamento. Antes disso, todo o abastecimento era feito pelo Rio Doce.

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No entanto, quem mais vem sofrendo com o poluição do Rio Doce, no município, são os pescadores de Mascarenhas, bairro mais distante do centro. Além de estarem sem o benefício que recebem por conta da piracema, entre os meses de novembro e março, eles não têm mais perspectiva de quando voltarão a retirar do rio o próprio sustento.

Seguindo o curso do Rio Doce, Colatina foi um dos municípios que mais sofreu por conta da lama com rejeitos de minério. Com o corte na captação de água, a população entrou em desespero. Houve saques a caminhões carregados com água mineral e mais de 160 carros-pipa precisaram entrar em cena. Após alguns dias, a situação foi controlada e a água voltou a chegar às residências.

Já em Linhares, para evitar que o Rio Pequeno, afluente responsável por abastecer toda a cidade, fosse contaminado pelos rejeitos da mineradora, a prefeitura realizou uma obra emergencial: construiu uma barragem em apenas um final de semana. 

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O município não chegou a ser seriamente comprometido pelo desastre. No entanto, é na foz do Rio Doce, no distrito de Regência, que a paisagem, os moradores e a natureza pedem socorro. A lama continua avançando pelo oceano, atingindo parte do litoral capixaba e impedindo os pescadores de saírem para o mar.

Os resíduos de minério chegaram até o litoral capixaba no dia 21 de novembro. Um navio da Marinha foi deslocado até as proximidades de Regência para realizar estudos a respeito do material que foi lançado ao mar e suas possíveis consequências para o meio ambiente.

Audiência pública

Colatina, onde será realizada a audiência, foi um dos municípios capixabas afetados pela lama no Rio Doce Foto: ​TV Vitória

Para discutir as consequências no Espírito Santo do rompimento da barragem da Samarco, os Ministérios Públicos Federal (MPF/ES), do Trabalho (MPT/ES) e do Estado do Espírito Santo (MPES) realizam, nesta quinta-feira (17), uma audiência pública, a partir das 18 horas, na Câmara Municipal de Colatina, noroeste do Estado. 

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Entitulado "O rompimento das barragens da Samarco e suas consequências para os municípios atingidos", o evento será aberto ao público. Além disso, será colocado um telão do lado de fora da Câmara para que mais pessoas possam acompanhar a audiência.

De acordo com a organização, a intenção é discutir a situação dos municípios capixaba atingidos pela lama e do Rio Doce, após o desastre ambiental provocado pelo rompimento da barragem da Samarco em Mariana, Minas Gerais. 

Durante a audiência pública, os representantes da empresa poderão explicar as providências já adotadas e outras medidas que serão executadas para minimizar os impactos da chegada da lama com rejeitos na bacia do Rio Doce e para a população local, principalmente no que se refere ao abastecimento de água nos municípios atingidos.

Além da Samarco e da Vale, foram convidados a participar da audiência a Defensoria Pública; representante dos poderes públicos municipais, estadual e federal; sindicatos e entidades representantes da sociedade civil, como associações de pescadores, moradores e trabalhadores.

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