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Baratas e mofo: familiares de pacientes denunciam condições precárias do HPM em Vitória

No teto é possível ver marcas de infiltrações. Não há energia elétrica e o espaço ainda tem que ser dividido com baratas. A descrição é da área pediátrica do Hospital da Polícia Militar

Redação Folha Vitória
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O Hospital da Polícia Militar afirmou, porém, que não há "nenhuma inconformidade" Foto: Reprodução/TV Vitória
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Pais de pacientes denunciam as condições da ala pediátrica do Hospital da Polícia Militar (HPM), localizado em Vitória. Segundo eles, crianças convivem com mosquitos, baratas e até ratos.

No teto é possível ver marcas de infiltrações. Não há energia elétrica e o espaço ainda tem que ser dividido com baratas. A descrição é da área pediátrica do HPM.

Um técnico em informática, que preferiu não se identificar, está com o filho internado e conta que ficou assustado com o que viu. “Eu fiquei louco e pensei que eu teria que comprar repelente, mosquiteiro... No banheiro era uma coisa horrorosa. O local tem infiltração na parede, cano estourado. São coisas que a gente não espera em um hospital”, diz.

Baratas circulam livremente perto de pacientes, na ala pediátrica do hospital Foto: Reprodução/TV Vitória

O pai afirma ter receio de mostrar o rosto por medo de sofrer algum tipo de represália. Além disso, outros pais teriam sido informados por funcionários que só poderiam dar banho nos filhos até às 16 horas.

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“Não posso dar banho na criança depois das 16 horas porque a pessoa que faz a limpeza só limpa o banheiro uma vez por dia. Como eu faço? É impossível ficar desse jeito”, completa o pai.

Segundo o pai da criança, inicialmente o menino ficaria internado no hospital infantil de Vitória, no último sábado (4). Porém, no dia seguinte, foi transferido para o HPM onde a família encontraria melhores condições hospitalares para o filho.

“Eu achei que seria uma coisa muito boa, porque no hospital Infantil estava super lotado. Eu cheguei com tranquilidade, mas não foi isso que aconteceu”, afirma.

Paredes e o teto do HPM está com mofo Foto: TV Vitória

Além das infiltrações e baratas, mosquitos também estariam aparecendo. A família da criança começou, então, a ter outra preocupação já que o menino é alérgico a picada de insetos.

O técnico em informática conta ainda que ao fazer uma reclamação, se sentiu intimidado por uma das médicas. “A médica virou para a gente e disse que o hospital não tinha o ‘nível de hotelaria’ que a gente estava precisando, mas eu disse que a gente não precisava de ‘hotelaria’, eu preciso de higiene no local. E eles queriam nos colocar no Infantil de novo”, denuncia.

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Com previsão de alta somente para daqui duas semanas, os pais temem que algo pior aconteça. “O mínimo que a gente espera é que haja uma maneira de eles limparem e trazerem o mínimo de higiene. A estrutura do hospital precisa urgentemente de uma reforma, e combate a insetos que podem trazer até outras doenças”, diz.

Em nota, a Polícia Militar informou que o HPM foi vistoriado duas vezes pela Vigilância Sanitária, em 2015, e que não foi registrada nenhuma inconformidade no local. Os pontos de mofo, que por ventura surgem, são identificados e reparados. Sobre a questão do banho, a PM informou que a caldeira central apresentou um problema. O conserto está previsto para o início de 2016.

A Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) informou, também em nota, que é normal enviar pacientes para outras unidades.

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