Anvisa faz descoberta fatal em 12 marcas de azeite populares e decreta retirada de Assaí e Carrefour
Em parceria com a Anvisa, a operação foi totalmente realizada pelo Mapa e identificou adulterações em azeites de oliva com riscos à saúde; retirada abrange grandes redes de supermercados no Brasil
Atualização (6/11/2024, 8h52): em esclarecimento prestado, informa-se que a operação foi totalmente conduzida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).
No último dia 22 de outubro, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgou a interdição de 12 marcas de azeite de oliva no Brasil.
As marcas, populares entre os consumidores, foram alvo de análise e apresentaram riscos à saúde devido à adulteração com óleos vegetais, o que comprometeu a autenticidade dos produtos.
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Em resposta, supermercados como Carrefour e Assaí foram orientados a suspender a venda dos lotes afetados.
MARCAS SUSPENSAS
De acordo com informações, as marcas interditadas incluem
Os produtos foram analisados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, que identificou a presença de óleos vegetais diversos misturados ao azeite de oliva, comprometendo a segurança alimentar e a autenticidade.
RISCOS À SAÚDE
O Ministério da Agricultura apontou que os produtos adulterados representam riscos significativos à saúde. Entre os possíveis problemas estão:
Reações alérgicas: Pessoas alérgicas a certos tipos de óleo, como o óleo de soja, podem sofrer reações adversas ao consumirem esses produtos adulterados.
Problemas gastrointestinais: A baixa qualidade ou mistura de óleos pode causar desconforto digestivo, náuseas e outros sintomas.
Perda de valor nutricional: O azeite de oliva é valorizado por seu conteúdo de antioxidantes e ácidos graxos benéficos, que são diluídos nas falsificações, reduzindo seus efeitos benéficos para a saúde.
Contaminação por substâncias tóxicas: A manipulação inadequada de óleos durante a adulteração pode acarretar riscos de contaminação por substâncias químicas ou pesticidas.
Aumento de gorduras trans: Algumas misturas podem conter gorduras hidrogenadas, que são prejudiciais à saúde cardiovascular.
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ALERTA AOS CONSUMIDORES
Diante dos riscos, o Ministério da Agricultura orienta os consumidores a verificarem a procedência dos produtos e evitarem marcas de baixo custo, que podem ser mais suscetíveis a adulterações.
Segundo o Código de Defesa do Consumidor, é recomendável que os consumidores suspendam imediatamente o uso dos produtos listados e, se possível, solicitem a troca.
Além disso, a ANVISA informou que a comercialização desses azeites adulterados constitui uma infração grave, e estabelecimentos que continuarem a vender esses produtos poderão ser penalizados.
RESPOSTAS DAS EMPRESAS
Até o momento, duas empresas responderam às notificações:
Tascheti Alimentos e Serviços Ltda: Responsável pelo azeite Garcia Torres, a empresa informou que a adulteração ocorreu no lote 24013, que já foi retirado do mercado. A Tascheti destacou que mantém um rigoroso controle de qualidade e que o problema foi causado por terceiros responsáveis pelo envase.
TRL Internacional Importadora e Exportadora Ltda: Importadora dos azeites Vincenzo e Don Alejandro, declarou que apenas presta serviços de importação para empresas contratantes e forneceu toda a documentação solicitada ao Ministério da Justiça e ao PROCON. A TRL informou que não tem envolvimento direto com as marcas nem com práticas ilícitas.
Outras empresas notificadas ainda não se manifestaram, mas a reportagem permanece aberta para esclarecimentos.
COMO EVITAR AZEITES FALSIFICADOS?
O Ministério da Agricultura orienta os consumidores a evitarem azeites com preços muito baixos e vendidos a granel, e a consultarem se a marca já foi incluída em listas de produtos falsificados, como no site da ANVISA.
O mercado de azeite de oliva, que é um dos produtos mais fraudados no Brasil e no mundo, requer cuidados especiais dos consumidores, especialmente em um contexto de demanda elevada e preços elevados.
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