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Geral

Governo recomenda que prefeituras proíbam e penalizem quem desperdiçar água no ES

A resolução traz apenas medidas de recomendação e não prevê punições. No entanto, já há município que multe quem é flagrado desperdiçando água

Rodrigo Araújo

Redação Folha Vitória
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Foto: pexels
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A Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) publicou no Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (22) uma resolução que coloca o Espírito Santo em "estado de atenção" para o risco de escassez hídrica, em razão da pouca chuva e do forte calor que atinge o Estado nos últimos dias.

A resolução traz recomendações para municípios, empresas, indústrias e atividades da agricultura. Entre elas, pede o reúso de água e que medidas que proíbam e penalizam o desperdício sejam estipuladas pelos órgãos responsáveis.

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O documento traz apenas medidas de recomendação e não prevê punições, como multas. A reportagem do jornal online Folha Vitória foi atrás de prefeituras do Espírito Santo para saber as medidas que cada município está adotando para combater o desperdício de água nesse momento de risco de escassez hídrica.

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As prefeituras que responderam ao questionamento disseram que, de modo geral, adotam políticas condizentes com as diretrizes estabelecidas pela Agerh, para promover a economia de água, e que estudam medidas para combater o desperdício, inclusive com a possibilidade de aplicação de multas.

Em entrevista à reportagem da TV Vitória/Record, o diretor técnico da Agerh, José Roberto Jorge, afirmou que, se for necessário, as instituições públicas devem adotar as medidas necessárias, mas não detalhou quais.

"A medida é recomendatória, mas caso o Município ou o Estado constate o uso indiscriminado desse recurso, de forma irregular — o que está previsto na política estadual de recursos hídricos —, há a necessidade de nós tomarmos as providências necessárias, cada um em sua competência. Os municípios, em inibir o uso indiscriminado, e a Cesan certamente nos notificar em algum momento, para a gente auxiliar na fiscalização".

Para as prefeituras, a resolução da Agerh recomenda que elas "adaptem, em regime de urgência, seus códigos municipais de postura, visando à proibição e à penalização de atividades notadamente reconhecidas como promotoras de desperdício de água".

Entre essas atividades estão a lavagem de vidraças, fachadas, calçadas, pisos, muros e veículos com o uso de mangueiras; a rega de gramados e jardins; o resfriamento de telhados com umectação ou sistemas abertos de troca de calor; e a umectação de vias públicas e outras fontes de emissão de poeiras, exceto quando a fonte for o reuso de águas residuais tratadas.

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O que dizem as prefeituras

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Por meio de nota, a Prefeitura de Cariacica informou que já possui uma lei municipal para combater o desperdício de água e que quem for flagrado descumprindo a legislação pode ser multado em R$ 125.

Ainda de acordo com a prefeitura, a Secretaria Municipal de Serviços já faz a reutilização da água captada das chuvas para regar jardins e as áreas verdes do município. Informou ainda que as ações necessárias para o combate ao desperdício de água no município estão consonância com a resolução da Agerh.

Na Serra, a Secretaria de Meio Ambiente (Semma) disse que está avaliando quais medidas serão adotadas, em âmbito municipal, para promover a economia de água.

Disse ainda que "está acompanhando atentamente a evolução na questão hídrica no cenário nacional e especialmente na situação do município da Serra" e que as recomendações da Agerh estão em sintonia com as boas práticas para economia de água.

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Por sua vez, a Prefeitura de Vila Velha informou que apresentará, em breve, as medidas para enfrentar a escassez hídrica e promover o uso racional da água na cidade. Destacou também que vai atender à resolução da Agerh.

Já a Prefeitura de Vitória ressaltou que, no último dia 16, foi publicada uma lei que obriga a captação, utilização e aproveitamento da água da chuva nos novos prédios públicos da Capital, bem como os que passarem por reforma.

Disse ainda que, desde o início da atual gestão, vem procurando economizar água ao corrigir problemas de vazamentos, instalando torneiras de pias e válvulas de mictórios automáticas, entre outras medidas.

A administração municipal também informou que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam) utiliza diariamente água não potável, de reúso, na irrigação das áreas verdes da cidade e também no abastecimento dos lagos dos parques municipais.

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A prefeitura disse ainda que são realizadas ações de conscientização nas escolas e também nas unidades de saúde sobre a importância de economizar água.

A Prefeitura de Guarapari também foi procurada pela reportagem e disse que está em processo de análise, junto ao Conselho de Meio Ambiente, para determinar a melhor forma de adequar novas práticas. 

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Agricultura (Semag) adiantou que "provavelmente serão adotadas medidas, alinhadas com as diretrizes estabelecidas pela Agerh".

No interior do Estado, a Prefeitura de Colatina informou que suspendeu, por tempo indeterminado, ações como lavagem de calçadas, praças e jardins. Segundo a administração municipal, a água será usada apenas para o consumo humano, com o objetivo de economizar neste período de estiagem e altas temperaturas.

A prefeitura também pede à população que utilize a água de forma consciente, evitando desperdícios, para que não falte para ninguém.

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Já em Linhares, a administração municipal destaca que abraçará todas as iniciativas propostas pelo Governo do Estado que se adequam à realidade da cidade. Disse ainda que está aberta ao diálogo com todas as entidades envolvidas neste momento de alerta em relação à escassez hídrica.

A Prefeitura de Linhares também ressalta que realiza campanhas educativas e de conscientização junto à população ao longo do ano, e também nas escolas do município.

Também prioriza a construção de reservatórios de água — um total de 25 barragens construídas de 2017 até hoje — e promove ações que protegem os olhos d'água e nascentes, entre outras.

A reportagem também entrou em contato com as prefeituras de Viana, Fundão, Cachoeiro de Itapemirim e São Mateus. No entanto, ainda não houve retorno desses municípios.

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