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Após supostos tremores, Fórum de Vila Velha funciona normalmente nesta quinta-feira

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) emitiu uma nota informando que não há risco de desabamento e que o Fórum funciona normalmente

Redação Folha Vitória
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Foto: TJES
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Depois de supostos tremores, o expediente no Fórum de Vila Velha está mantido nesta quinta-feira (23). O local chegou a ser evacuado na tarde da última quarta-feira (22). 

O Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES) emitiu uma nota informando que não há risco de desabamento e que o Fórum funciona normalmente

Leia mais: Crea-ES investiga supostos tremores no Fórum de Vila Velha

As imagens gravadas por quem estava dentro do Fórum de Vila Velha mostram a correria. O prédio fica localizado no bairro Boa Vista e várias pessoas deixaram o local às pressas após sentirem o local tremer. Placas do forro de gesso do teto também se soltaram. Ninguém se machucou.

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Foto: Reprodução TV Vitória

O engenheiro técnico do CREA, Giuliano Battisti, falou sobre a estrutura. 

"Fomos em todos os pavimentos, inclusive na garagem no subsolo e identificamos que essa edificação tem um elemento chamado 'junta dilatação'. E ela tem justamente essa função, de em uma movimentação entre uma parte e outra, serve para manter essa movimentação e não criar essas trincas. Então, nessas juntas, existem evidências de que houve essa movimentação. Na verdade não foi o teto que caiu, foram os forros, e não tem relação direta. Agora, cabe monitoramento pela equipe técnica". 

O presidente da Ordem dos Advogados (OAB), Neffa Júnior, se manifestou, e disse que em contato com o CREA, entendeu que os advogados não correm perigo 

"Assim que fiquei sabendo dos rumores de que o teto do Fórum de Vila Velha havia desabado, entrei em contato com o  Dr.º Flavio Moulin, juiz-diretor do Fórum, e ele me relatou que alguns servidores sentiram uma trepidação no prédio e que placas de gesso se deslocaram". 

Ainda de acordo com Neffa, não há risco de desabamento.

"Felizmente não houve nenhum ferido e nenhuma intercorrência mais grave, mas o Drº Flavio determinou a evacuação do prédio, suspendeu o expediente na tarde de quarta-feira, até para que fosse acionado o setor de engenharia do Tribunal de Justiça e também a Defesa Civil. Em uma análise preliminar, o setor de engenharia entende que não há nenhum risco de desabamento, e que essa trepidação poderia ser consequência de uma obra que está acontecendo em uma via pública na parte de trás do Fórum de Vila Velha". 
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Sobre a obra que o presidente da OAB cita, a equipe da TV Vitória teve acesso a um documento assinado pelo secretário de engenharia de gestão predial e manutenção do Tribunal, de que uma obra da prefeitura pode ser uma possível causa dos tremores sentidos no Fórum. 

De acordo com esse registro, os tremores foram sentidos no segundo e terceiro pavimento, onde foram feitas inspeções. Após análise visual do local, não foram identificadas nenhuma anomalia ou patologia do problema estrutural que apresentassem riscos à edificação. 

Por nota, a Prefeitura de Vila Velha informou que não tem como responder se esse é realmente o motivo dos tremores, já que não foi informada ou teve acesso ao documento. 

No entanto, nesta quinta-feira (23), a Secretaria de Obras vai protocolar o pedido de acesso ao laudo do engenheiro e a Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) assinados por ele para ter acesso ao conteúdo da avaliação do profissional.

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Durante a tarde de quarta-feira, apenas a equipe de segurança permaneceu no local. Uma equipe do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura também esteve no Fórum e realizou uma vistoria por cerca de uma hora.

CONFIRA A NOTA EMITIDA PELO CREA

Foto: Reprodução TV Vitória

"As trepidações ocorridas nesta quarta-feira (22/11), no edifício do Fórum de Vila Velha, localizado no bairro Boa Vista II, podem ter sido consequência de uma série de fatores e situações distintas. 

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Estrutura construída num solo com grande evidência de umidade, região localizada entre duas avenidas com intenso tráfego de veículos de grande porte, além da identificação de uma obra sendo executada na parte de trás do imóvel foram alguns dos apontamentos realizados, de maneira preliminar, pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) para explicar as instabilidades no imóvel.

“Estamos diante de um edifício robusto e não vislumbramos risco de desabamento. No entanto, nossas equipes verificaram que há indícios de movimentações próximas às juntas de dilatação, além de manifestações de trincas nos pisos, tanto no térreo como no subsolo. 

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As movimentações nas juntas de dilatação podem ser consideradas normais, estando, inclusive, previstas nos projetos, mas requer um acompanhamento mais diligente”, disse o Gerente de Relacionamento Institucional do Crea-ES engenheiro civil e de segurança do trabalho Giuliano Battisti, que coordenou nesta quarta-feira a ação de vistorias técnica e fiscal realizada no local.

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Sobre o desprendimento de algumas placas do teto, os engenheiros acreditam na possibilidade de ter sido um fator isolado, uma vez que as estruturas apresentavam umidade e estavam próximas a aparelhos de ar condicionado e de instalações hidrossanitárias.

 “Diante de situações como essas, as placas podem apresentar problemas de fixação, se deformar, perder a aderência e ceder. Nossa orientação foi atentar para a manutenção, por meio de revisões periódicas nesses forros”, explicou Battisti.

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“Por essas razões que a nossa recomendação é pelo monitoramento da estrutura nos próximos dias e que essas instabilidades sejam acompanhadas por profissionais habilitados, que irão verificar os projetos, realizar medições, aferir a constância e a intensidade dessas movimentações e se estão, de fato, dentro de uma margem de segurança e contempladas nos projetos”, completou.

O presidente do Crea-ES engenheiro Jorge Silva já requisitou aos especialistas do Conselho um relatório técnico sobre a causa dos supostos tremores no prédio do Fórum de Vila Velha. 

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O resultado dos estudos será divulgado nos próximos dez dias. Nesse período, o Conselho manterá o monitoramento da situação e requisitará reuniões para alinhar os procedimentos necessários para que os responsáveis pelo empreendimento corrijam as instabilidades."

Com informações dos repórteres Rodrigo Schereder e Alessandra Ximenes, da TV Vitória/ Record



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