Para acompanhar rejeitos de lama, ministra de Meio Ambiente visita Linhares
A vinda da ministra ao Estado foi combinada na última quarta-feira (18), no Palácio do Planalto, em Brasília, durante reunião de trabalho de Hartung com a presidente Dilma Rousseff
Acompanhada pelo governador Paulo Hartung, na tarde desta segunda-feira (23), às 15 horas, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, visita o município de Linhares, localizado na região norte do Estado, para acompanhar as ações emergenciais que estão sendo realizadas por conta dos rejeitos de lama que castigam o Rio Doce desde o rompimento da barragem de minério, em Mariana (MG).
A vinda da ministra ao Estado foi combinada na última quarta-feira (18), no Palácio do Planalto, em Brasília, durante reunião de trabalho de Hartung com a presidente Dilma Rousseff, o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel e ministros. O encontro foi a primeira reunião do Comitê de Gestão e Avaliação de Respostas ao desastre no Rio Doce.
Abrolhos
Espírito Santo, Minas e União usam modelo dos EUA em ação articulada contra Samarco
Os governos do Espírito Santo e Minas Gerais, juntamente com o Governo Federal se articulam para entrar com ação conjunta na Justiça contra a mineradora Samarco, empresa responsável pelos danos causados ao ecossistema do Rio Doce após rompimento da barragem Fundão, em Mariana (MG). Uma reunião com a Advocacia-Geral da União (AGU) foi marcada para a próxima terça-feira (24), em Brasília.
O governador Paulo Hartung explica que desastres ambientais no mundo já mostraram que a saída em casos assim é a ação conjunta. "O modelo que está sendo levado em consideração é o que foi adotado por Estados, cidades e o governo americano, que unificaram procedimentos jurídicos contra a British Oil, por causa do derramamento de petróleo no Golfo do México, em 2010", exemplifica.
Neste episódio, a empresa foi condenada a pagar US$ 20,7 bilhões de indenização ao governo dos Estados Unidos e a cinco Estados - Louisiana, Mississippi, Alabama, Texas e Flórida - pelo desastre ambiental que deixou 11 mortos. “Vamos ampliar a coordenação entre os governos e nossas procuradorias, para que haja maior convergência no campo jurídico”, adianta Hartung.
O desastre ambiental em Mariana, considerado o maior já ocorrido no Brasil, deixou, até agora, sete mortos. Quatro corpos ainda não foram identificados e 12 pessoas, entre moradores e empregados da Samarco, estão desaparecidas. A lama que vazou com a queda da barragem, depois de destruir Bento Rodrigues, atingiu o Rio Doce via afluentes, chegado ao Espírito Santo. No caminho, os rejeitos de minério de ferro arrasaram fauna, flora e deixaram moradores de cidades ribeirinhas sem água. Hidrelétricas tiveram o funcionamento suspenso.