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Cachoeiro de Itapemirim ocupa primeiro lugar em casos dengue no Sul do Estado

Renata Braga Mathielo, moradora de Soturno e mãe do menino William, de 11 anos, morto em 21 de outubro por dengue, disse que o filho foi vítima do mosquito dentro de casa

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Na audiência, o depoimento de Renata Mathielo, de Soturno, emocionou a todos. Foto: Divulgação
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Desde agosto, Cachoeiro avançou do 4º para o 1º lugar no Sul do Estado em número de notificações de dengue. Três casos de morte pela doença foram notificados e estão sendo investigados. A informação foi divulgada pela Superintendência Estadual de Saúde em audiência pública sobre a situação da dengue no município, realizada nesta quinta-feira (12), pela Comissão de Saúde da Câmara.

O presidente da Comissão, vereador Rodrigo Enfermeiro (PSB), ficou satisfeito com o resultado da audiência, onde reuniu várias propostas para o combate à doença. “Recebemos aqui um número grande de informações e, inclusive identificamos problemas muito graves, como a falta de agentes de endemias trabalhando nos distritos. Isso é inaceitável, e a Comissão vai ser enérgica com o município no sentido de resolver esta situação”, falou.

As propostas apresentadas durante a audiência serão reunidas em um documento, que será encaminhado ao município e ao Ministério Público. Entre elas, destacam-se: a necessidade de uma campanha na mídia para conscientizar e orientar a população sobre os cuidados em casa e os riscos da doença; criação de mais equipes de educação continuada sobre dengue na escolas, com mais enfermeiros, para agir junto às crianças; contratação de emergência de mais agentes de endemias e aquisição de material de trabalho; e instalação de postos de hidratação em unidades de saúde nos bairros e distritos. “Vamos cobrar todas estas ações. Não queremos que sejam apenas propostas, mas realizações”, diz Rodrigo.

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Durante a audiência, um depoimento emocionou a todos. Renata Braga Mathielo, moradora de Soturno e mãe do menino William, de 11 anos, morto em 21 de outubro por dengue, disse que o filho foi vítima do mosquito dentro de casa. “Eu fiz o que pude, mas meus vizinhos não fizeram”, lamentou. Segundo ela, William possuía Síndrome de Down e tinha vários problemas, inclusive no coração e pulmão, fez várias cirurgias e sobreviveu a todas, mas morreu por causa de um mosquito. “Não me conformo com isso, choro todos os dias. Nunca mais vou ouvir meu filho dizer que me ama”. Ela disse que a comunidade precisa se preocupar em evitar os focos de dengue dentro de casa, e que outro morador do distrito, Adilson Moura, está internado na Santa Casa, com dengue hemorrágica. “O agente de endemias somente visitou minha casa seis dias depois que  meu filho morreu. Onde está o combate?”, alertou.

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