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Estudo revela: 2 a cada 10 alunos na Grande Vitória já experimentaram drogas

O estudo também abrangeu o uso de drogas lícitas, como o álcool, o cigarro e medicações controladas, como remédios para emagrecer e tranquilizantes

Guilherme Lage

Redação Folha Vitória
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Foto: Pixabay
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Um estudo do Laboratório de Estudos sobre Violência, Saúde e Acidentes da Universidade Federal do Espírito Santo (LAVISA) em parceria com a Rede Abraço, do governo estadual, demonstrou que pelo menos dois a cada 10 estudantes da Grande Vitória já experimentaram algum tipo de droga. 

A pesquisa analisou 4.614 alunos de 63 escolas públicas, com o Estado Presente, e particulares dos sete municípios que compõem a Grande Vitória, e constatou que 22% dos estudantes já usaram algum tipo de entorpecente. Além disso, 9% dos alunos fazem uso continuado de alguma droga. 

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O estudo também abrangeu o uso de drogas lícitas, como o álcool, o cigarro e medicações controladas, como remédios para emagrecer e tranquilizantes. A pesquisa foi realizada no período de 2022 a 2024. 

Em um dado mais geral, quando perguntados sobre o uso de qualquer droga, 483 alunos das escolas públicas afirmaram já ter experimentado. Isso corresponde a 20,9% dos estudantes dessas escolas. 

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Levando em consideração a proporcionalidade, 21,6% dos estudantes de escolas públicas com Estado Presente também informaram ter usado alguma droga. Ao todo, foram 166 alunos. 

Nas escolas particulares foram 406 estudantes, o que corresponde a 26,6% dos alunos.  

Uso de maconha 

Foto: Thiago Almeida

A pesquisa mostrou que dentre os alunos entrevistados, cerca de 430 já experimentaram maconha nas escolas públicas, o que representa 18,6% dos estudantes ouvidos. 

Já na escola pública com Estado Presente, o número é de 158, o que corresponde a 20,3% dos estudantes dessas escolas. Nos colégios particulares, 221 estudantes afirmaram já terem usado maconha e são 14,5% dos alunos daquelas instituições.

Os adolescentes também foram questionados sobre o uso de álcool. A pesquisa demonstra que a maioria dos jovens ouvidos, cerca de 2.900 já experimentou alguma dose de bebida alcoólica, o que corresponde a 62,9% dos entrevistados. Desse total, 66,6% foram as meninas, e os demais 58,6% correspondem aos meninos. 

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A pesquisa também abordou o uso de outros entorpecentes, como cocaína, LSD, MDMA e substâncias autorizadas, como o tabaco. O estudo também apresentou os dados de uso dos cigarros eletrônicos,  conhecidos como "vapes". 

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Maioria dos adolescentes consegue as drogas com amigos 

A pesquisa demonstrou que a maioria dos estudantes consegue consumir drogas ou álcool com amigos. E é geralmente na companhia deles que usam algum tipo de entorpecente.

Os jovens relataram fazer uso de substâncias para se divertir, relaxar e até mesmo como um passatempo entre amigos.

A responsável pela pesquisa, professora doutora Franciéle Marabotti, relatou que este uso pode vir de experiências típicas da adolescência, como sensações de insegurança e fragilidade, em especial em relação às meninas. 

"Não é o número de meninas que aumentou. Há uma tendência de aumento de consumo para o sexo feminino. Aí entramos em questões multifatoriais, muitas coisas que já foram citadas, como a própria fragilidade, a necessidade de ser aceita no grupo, a questão das redes sociais, autoestima, questões de saúde mental, fragilidade na família. Tudo contribui para o aumento, Quando falamos de aumento, ele acontece em todos os grupos de adolescentes, de meninas e meninos", informou. 

A pesquisadora informa ainda que o consumo de drogas na região Metropolitana de Vitória é um pouco mais elevado quando comparado a outras capitais do Brasil, que já foram foco de pesquisas anteriores. 

Foto: Thiago Almeida

Além disso, há uma diferença clara nos hábitos de consumo dos adolescentes da capital e de demais cidades da Grande Vitória. 

"Temos uma prévia que quando comparamos com dados de estudos de capitais, temos uma prevalência um pouco maior. As prevalências nos estudos nacionais giram em torno de 13%. Pode ser que tenhamos essa prevalência dada à vulnerabilidade de alguns grupos, porque o perfil de um estudante de uma capital é diferente do perfil de estudantes de toda a região metropolitana. Já verificamos que a experimentação de drogas, excluindo tabaco e álcool, se mostra maior", disse. 

Políticas de enfrentamento

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De acordo com o subsecretário estadual de Políticas sobre Drogas, Carlos Lopes, o Espírito Santo desenvolve políticas de enfrentamento e conscientização sobre o uso de drogas e álcool no ambiente escolar. 

Algumas delas, por meio da Rede Abraço, foram implementadas ainda esse ano nas escolas. 

"No Estado a Rede Abraço iniciou neste ano a implementação de uma abordagem mais estruturada nas escolas públicas. Nós elaboramos e produzimos, de forma pioneira no Brasil, o material didático que foi distribuído para todas a escolas da região e concomitantemente a isso é realizado o treinamento e capacitação dos professores para que possam fazer essa abordagem na sala de aula da forma mais adequada, com a metodologia mais próxima daquilo que os estudos científicos mostram como as mais efetivas na prevenção ao uso de drogas", afirmou. 
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