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Cuidando da mente: entenda como as áreas de lazer em casa promovem o bem-estar

Casas projetadas para proporcionar conforto emocional e relaxamento são fundamentais para a preservação da saúde mental

Redação Folha Vitória

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Foto: Divulgação
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Ao final de um dia longo, o desejo é simples: chegar em casa, respirar fundo e deixar o estresse para trás. Em um mundo que parece girar cada vez mais rápido, é justamente o lar que assume um novo papel, ele deixa de ser apenas um endereço e torna-se um verdadeiro refúgio, onde o tempo desacelera e a qualidade de vida passa a ser prioridade.

Segundo o último Relatório sobre Saúde Mental no Mundo, publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), uma em cada oito pessoas no mundo vive com alguma doença ou transtorno mental.

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Ansiedade e depressão são as mais comuns, respondendo por 60% dos casos. Enquanto os jovens são mais suscetíveis à ansiedade, os mais velhos convivem com a depressão. Nesse cenário, esse conceito de lar acolhedor ganha ainda mais importância.

Casas projetadas para proporcionar conforto emocional e relaxamento são fundamentais para a preservação da saúde mental. É como se o "morar" fosse além de quatro paredes: trata-se de encontrar paz, conforto e comodidade, sem a necessidade de sair de casa. 

Mas o lazer é de fato apenas um luxo?

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Para a psicóloga Gisélia Freitas, não se trata apenas disso. Ela explica que o lazer é sinônimo de saúde para o corpo e também para a mente, sendo uma forma de se reconectar com o que realmente importa: o bem-estar e a convivência familiar.

Foto: TV Vitória
"Significa saúde para o corpo e para a saúde mental. As organizações e as pessoas têm que equilibrar trabalho com lazer, com família e com vida pessoal. Hoje é muito comum apartamentos, prédios e condomínios com espaço de lazer, o que ajuda muito na questão logística e diminui o tempo de deslocamento. Você pode ficar com a família dentro do mesmo espaço, da mesma estrutura e ter qualidade de vida", afirma ela.

A psicóloga faz um alerta para os profissionais que têm dificuldade em se desconectar: ​​a Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, já afeta 30% dos trabalhadores. Em 2023, o INSS registrou o afastamento de 421 pessoas devido à doença, um recorde nos últimos 10 anos. 

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A busca por esse equilíbrio se torna ainda mais urgente diante também dos alarmantes índices de transtornos de ansiedade e depressão no Brasil, que lidera na América Latina e é o segundo nas Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde. 

"As pessoas estão adoecendo. Quando a gente fala em promover lazer e bem-estar, estamos falando na qualidade de vida do indivíduo, da família, além de aumentar a produtividade das organizações, melhorando a economia e os custos também", explica a psicóloga.

Busca por qualidade de vida influencia na escolha de imóveis

A prioridade pela qualidade de vida, aliás, tem influenciado também na escolha de imóveis, principalmente quando se trata de compradores de luxo. Não basta mais ter um espaço confortável dentro de casa; eles procuram empreendimentos que ofereçam áreas de lazer completas e comodidades para aproveitar no tempo livre.

Foto: TV Vitória
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Rodrigo Barbosa, diretor-presidente de uma construtora com dois imponentes empreendimentos de luxo em construção na Grande Vitória, explica que seus projetos são desenvolvidos com grande atenção ao conceito de lazer útil, pensando especialmente no momento em que os moradores chegam em casa e buscam relaxar. 

“No TAJ eu ocupo, com as torres, quase 11% da área total e o resto é livre, com lago circulando, verde, áreas de lazer. Eu penso no que eu consigo fazer dentro do prédio para que, ao final do dia, os moradores consigam ir para a área comum do seu condomínio para relaxar. Mas isso com coisas funcionais, não simplesmente para falar que tem um quantitativo de cômodos e parede branca", afirma ele. 

Uma das construções citadas por Rodrigo Barbosa é o TAJ, o primeiro home resort do Espírito Santo, que está sendo erguido no bairro Jockey de Itaparica, em Vila Velha.

Foto: Divulgação

O empreendimento é inovador no estado, assim como o Una Residence, em construção na Ilha de Monte Belo, em Vitória. 

Ambos são verticais e, além de apresentarem todas as características que os qualificam como imóveis de luxo, contam com um grande diferencial: vastas áreas de lazer equipadas com uma infraestrutura completa para toda a família. 

Entre os atrativos estão as piscinas, saunas, quadras esportivas, academias, adegas e até uma "garage band", espaço dedicado aos amantes da música. Complementando essas facilidades, as áreas abertas, bem arborizadas e cuidadosamente projetadas, conferem um toque de sofisticação e promovem um ambiente de bem-estar. 

“Quando eu estiver dentro de um lazer como um espaço gourmet, por exemplo, eu não posso ter uma parede branca. Se é para ter parede branca, o morador fica dentro do seu quarto e vê uma TV. Eu tenho que ter vidros, e do lado de fora do vidro tem que passar um riacho artificial. Tem que ter muito verde, plantas baixas, plantas mais altas, árvores", completa Rodrigo. 

Bem-estar que vai além de áreas de lazer

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Engana-se quem pensa que para ter qualidade de vida, basta uma área de lazer. Por mais completa que ela seja, o bem-estar envolve também uma série de fatores, como outras facilidades por perto. 

Exemplo disso é a comodidade de ter um supermercado, uma padaria ou um pet shop a uma curta distância, muitas vezes acessíveis por um elevador, além de espaço coworking e conveniência, que oferecem aos moradores a sensação de viver em um resort.

Foto: Divulgação

Falando especialmente sobre os moradores de condomínios de luxo, a psicóloga Gisélia Freitas explica que é um público que precisa lidar com muita responsabilidade, por isso é importante que, para continuarem produtivas, elas se preocupem com a saúde mental. Se tiverem uma boa estrutura para relaxar em casa mesmo, é ainda melhor.

"Como conseguimos levar essas pessoas a entenderem que aquele momento de descer para uma área gourmet, fazer um churrasco e tomar um vinho, é essencial para que ela continue produtiva no que ela é? Hoje parece que a gente não se desliga e o problema disso é que a pessoa não sabe separar aonde termina o trabalho, aonde começa, a vida pessoal e o lazer”, destaca.

A especialista enfatiza que o alto nível de estresse pode comprometer a saúde e enfraquecer o sistema imunológico. Em contrapartida, quando uma pessoa se dedica a momentos de lazer, ela não apenas melhora sua qualidade de vida, mas também a de sua família e amigos. 

“A pessoa precisa entender que para trabalhar e ser produtiva, ela precisa parar para amolar os machados, respirar fundo para ter energia, para ter foco e combustível. Ela realmente não está entendendo que isso impacta na carreira dela, no trabalho dela, na empregabilidade dela. Então quanto mais eu me dedico só ao trabalho, chega uma hora que o corpo para e o lazer é exatamente garantir uma maior produtividade na minha carreira”, afirma Gisélia. 


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