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"Cometa do Século" poderá ser visto no ES durante o mês de outubro

A partir dos dias 9 e 10, o cometa começa a se distanciar do sol e com a chegada dos dias 11 e 12, ao pôr do sol já é possível vê-lo a olho nu

Guilherme Lage

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/Projeto Exoss
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Conhecido como "cometa do século", o C/2023 A3 Tsuchinshan-ATLAS, estará visível no céu do Espírito Santo durante o mês de outubro. Apesar da previsão de estar mais brilhante no sábado (12), é possível que a visibilidade esteja mais clara nos dias finais do mês. 

De acordo com o astrônomo Marcelo De Cicco, coordenador do projeto Exoss ligado ao Observatório Nacional, a visualização no hemisfério sul, onde o Brasil está inserido, é dificultada pelo fato do cometa estar muito perto do crepúsculo, ou seja, entre a noite e o nascer do sol. 

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"Até no dia 28, quando ele está no periélio, é um pouco difícil observá-lo, porque está sempre muito perto do crepúsculo", informou. 

O astrônomo explica que este é um cometa de longo período, vindo dos confins do Sistema Solar. Para se ter ideia, a origem do corpo celeste se encontra para além de Plutão, próximo à Nuvem de Oort, a quase um ano-luz do sol. 

Foto: Cleferson Comarela Barbosa

De acordo com o astrônomo, este é um corpo celeste bastante novo, pois foi descoberto apenas em 2023. Apesar das dificuldades de se observar um cometa a olho nu no céu, ele garante que é um espetáculo que vale a pena ser acompanhado. 

"Vai ser bom de assistir, está ficando cada vez mais brilhante, é provável que ele atinja a magnitude de brilho negativo, ou seja, vai ficar bem brilhante. Porém, à medida que fica mais brilhante, fica mais perto do sol", disse. 
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A partir dos dias 9 e 10, o cometa começa a se distanciar do sol e com a chegada dos dias 11 e 12, ao pôr do sol já é possível vê-lo a olho nu, como explica o astrônomo. 

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"Se é o que estamos esperando, ele vai desenvolver uma cauda bem grande em relação à Terra, então a partir do pôr do sol, é possível que a gente assista a cauda dele se alongando no horizonte em direção ao pôr do sol". 

Apesar de levar o nome de "o cometa do século", Cicco explica que ainda é cedo para cravar que este será o corpo de celeste de maior relevância dos próximos 100 anos. 

Isso porque o século ainda mal começou, ainda faltam alguns anos para poder dar ao C/2023 A3 Tsuchinshan-ATLAS esta nomenclatura oficial. 

"Ainda é prematuro chamá-lo de o cometa do século, seria mais adequado chamá-lo de cometa da década. Ainda estamos no início do século, temos mais 75 anos", afirmou. 


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