Caso Priscila Belfort: 20 anos após desaparecimento, documentário traz novos desdobramentos e reabre investigações
O desaparecimento de Priscila Belfort é tema de documentário que traz novas investigações e desfecho inédito, reacendendo o mistério em torno do caso
O desaparecimento de Priscila Belfort, ocorrido em 9 de janeiro de 2004, continua sendo um dos maiores mistérios policiais do Brasil. Irmã do lutador de MMA Vitor Belfort, Priscila, então com 29 anos, desapareceu após sair do trabalho no Centro do Rio de Janeiro.
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Ela foi vista pela última vez enquanto se dirigia para almoçar em uma das avenidas mais movimentadas da cidade. Desde então, sua família tem buscado respostas sobre o que aconteceu.
A REPERCUSSÃO DO CASO
Apesar das intensas investigações e campanhas ao longo das últimas duas décadas, o caso permanece sem solução. A grande repercussão do desaparecimento se deu em parte devido ao apelo público realizado por seu irmão, Vitor Belfort, que utilizou sua notoriedade no esporte para divulgar o ocorrido e pressionar as autoridades.
Agora, 20 anos depois, o caso volta a ganhar atenção com o lançamento da série documental "Volta, Priscila", disponível na plataforma Disney+.
A produção explora as investigações e apresenta novos desdobramentos sobre o mistério que envolve o desaparecimento. Recentemente, uma reportagem exibida no programa TV Fama revelou que o caso segue em aberto, com o promotor André Luiz Cardoso confirmando que novas investigações estão em curso.
Segundo ele, há informações confidenciais que, por enquanto, não podem ser divulgadas.
O DOCUMENTÁRIO
A série documental revive a dor da família Belfort, que, mesmo após tanto tempo, não desistiu de buscar respostas. Vitória Belfort, filha de Vitor, fez uma emocionante homenagem à tia nas redes sociais, destacando o impacto emocional que o caso ainda provoca em seus familiares.
O documentário reforça que, apesar das especulações e das falsas pistas ao longo dos anos, a justiça ainda trabalha ativamente no caso. No passado, surgiram confissões de autoria do sequestro e possível assassinato de Priscila, mas essas declarações foram posteriormente desmentidas, o que adiciona mais complexidade a essa investigação já bastante desafiadora.
O lançamento de "Volta, Priscila" reacende o interesse público e levanta questionamentos sobre o que, de fato, ocorreu no dia de seu desaparecimento e se novas pistas poderão, finalmente, trazer respostas definitivas para sua família e para o público que acompanha o caso desde 2004.
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O julgamento de Paulo Cupertino, acusado de assassinar o ator Rafael Miguel e seus pais, João Alcisio Miguel e Miriam Selma Miguel, em 2019, ganhou novos contornos dramáticos nos últimos dias.
Durante a sessão realizada na última quinta-feira (10), Cupertino teve uma série de surtos, que resultaram na suspensão do julgamento. As cenas escabrosas vividas dentro do tribunal vieram à tona, trazendo à luz o estado mental abalado do acusado.
Momentos de tensão no tribunal
Desde o início do julgamento, a postura de Paulo Cupertino já era motivo de preocupação para a equipe jurídica e para os oficiais presentes na sessão. Durante as audiências, Cupertino apresentou sinais de descontrole emocional, como gritos e reações desproporcionais ao andamento do processo. O ápice desse comportamento ocorreu quando ele, já alterado, urinou na cela, em um dos intervalos do julgamento, enquanto discutia com seu advogado.
O surto de Cupertino ocorreu pouco depois do depoimento de sua filha, Isabela Tibcherani, ex-namorada de Rafael Miguel. A jovem, que também é uma das principais testemunhas do caso, pediu para que o pai não estivesse presente enquanto ela dava sua declaração. O tribunal, no entanto, negou a solicitação de que a declaração fosse feita remotamente, mas permitiu que Cupertino se retirasse da sala durante o depoimento.
A filha do acusado trouxe à tona a complexidade emocional envolvida no caso. Ela havia afirmado anteriormente que seu pai sempre foi contra o relacionamento com Rafael Miguel, e esse conflito foi um dos estopins para o trágico desfecho.
Isabela afirmou que ficou 8 meses sem contato com Rafael, por ordem do pai. "Oito meses, sem contato, sem celular, sem convívio com outras pessoas, só dentro de casa."
Momento dos disparos
Isabela contou em seu depoimento sua versão dos fatos e o que fez no momento dos disparos. Confira trecho:
Isabela -"A mãe do Rafael, quando viu meu pai, ela falou: 'Você que é o pai de Isabela?' 'Não, eu sou a mãe.' Me puxou para dentro e fechou o portão de maneira agressiva. Mas aí veio o Rafael, falou: ‘Não, vamos conversar’. Segurou o portão (...) Eu já estava dentro de casa (...) E eu ouvi meu pai dizendo: 'Conversar, nada'. E a partir daí eu só ouvi os disparos.
Foram muitos disparos. Eu agachei no chão. Com as mãos no ouvido, gritava muito. Falava: 'Não, não, não' (...) E quando os disparos terminaram, eu saí e me deparei com a cena, que era o corpo do Rafa em cima do corpo da mãe dele, que estava perto da guia (...), que estava perto do carro, e o corpo do pai do Rafael estava no meio da rua (...) Eles não tiveram tempo de muita coisa."pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_06
A reação descontrolada de Cupertino
Isabela Tibcherani, visivelmente abalada, relatou os eventos que levaram ao assassinato do namorado e de seus pais, fazendo com que a tensão no tribunal se elevasse. Logo após o término do depoimento, Cupertino, irritado com as falas da filha, teve um desentendimento com seu advogado, Alexander Neves Lopes.
Ele chegou a dispensar os serviços do defensor no calor do momento, alegando que não concordava com a estratégia jurídica apresentada. A dispensa de sua defesa levou à suspensão do julgamento, o que adiou qualquer avanço no processo judicial.
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O comportamento errático de Cupertino durante o julgamento já havia sido motivo de discussão entre os presentes. Seu advogado havia solicitado que ele comparecesse ao tribunal com trajes civis e sem algemas, numa tentativa de suavizar a imagem de seu cliente perante os jurados. No entanto, após os surtos de agressividade, o juiz responsável pelo caso reverteu a decisão, obrigando Cupertino a voltar a ser algemado durante as sessões, para garantir a segurança de todos no tribunal.
Além disso, Cupertino se irritou ao perceber que estava sendo filmado dentro do tribunal, o que contribuiu para agravar sua instabilidade emocional. Ele chegou a gritar contra os oficiais de justiça e os presentes na audiência, aumentando a tensão no local.
Um julgamento marcado pela brutalidade
O caso de Paulo Cupertino atraiu grande atenção da mídia e do público devido à natureza brutal do crime. Em 2019, Rafael Miguel, conhecido por seu trabalho em comerciais de televisão e por sua atuação na novela "Chiquititas", foi assassinado a tiros, junto com seus pais, ao tentar uma reconciliação com o pai de sua namorada, Isabela Tibcherani. Naquele dia fatídico, o jovem casal e seus pais foram até a casa de Isabela, na zona sul de São Paulo, para conversar com Paulo Cupertino, que não aceitava o relacionamento.
De acordo com investigações da polícia, Cupertino esperava o grupo armado e, sem hesitar, disparou contra as vítimas. Rafael, seus pais e a jovem estavam desarmados, apenas com a intenção de acalmar os ânimos e buscar um diálogo pacífico.
O crime chocou o país e gerou uma grande comoção nacional, especialmente pelo fato de Rafael Miguel ser um rosto conhecido da televisão. O ator, que começou sua carreira ainda na infância, era querido pelo público, e a brutalidade de sua morte impactou a todos.
As repercussões do surto de Paulo Cupertino
O comportamento de Paulo Cupertino durante o julgamento não apenas interrompeu o processo, mas também levantou questionamentos sobre seu estado mental. Psicólogos forenses e especialistas em saúde mental têm sido requisitados para avaliar se Cupertino está apto a responder pelos seus atos em tribunal, ou se sofre de algum tipo de distúrbio psicológico grave que justifique suas ações irracionais.
A atitude de dispensar o advogado e as explosões de raiva no tribunal indicam que o acusado pode estar sob intensa pressão emocional, especialmente diante do depoimento de sua filha, que é peça-chave no processo. O julgamento ainda não tem data para ser retomado, mas, segundo fontes jurídicas, a complexidade do caso e os recentes acontecimentos deverão prolongar a conclusão do processo.
Além dos surtos no tribunal, Cupertino também demonstrou sinais de deterioração emocional enquanto esteve encarcerado. Relatos de guardas e outros detentos indicam que o acusado tem apresentado comportamento errático, com acessos de raiva e isolamento, o que pode sugerir que sua saúde mental está sendo afetada pelas circunstâncias.
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