/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
GUIA ENEM 2023

Enem: veja 10 temas mais cobrados na prova de Linguagens e questões para revisão

Exame é a principal forma de ingresso em universidades públicas e privadas no Brasil. Provas serão aplicadas em 05 e 12 de novembro

Gabriel Barros

Redação Folha Vitória
audima
audima
Foto: Folha Vitória
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está chegando! Considerado o segundo maior vestibular do mundo e o principal do Brasil, o Enem terá as provas de 2023 aplicadas em 05 e 12 de novembro.

>> Quer saber tudo sobre o Enem 2023? Clique aqui e faça parte do grupo do Folha Vitória

No primeiro domingo, os candidatos serão 5h30 para escrever a redação e responder a 90 questões, sendo 45 de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, com temas de língua portuguesa, literatura, língua estrangeira e artes.

Para ajudar os estudantes, listamos os dez temas mais recorrentes nos últimos três anos e separamos, com ajuda de professores, algumas questões para você revisar o conteúdo. Confira a seguir:

Enem: saiba quais os temas mais cobrados na prova de Linguagens

Interpretação de texto

Essa é a questão que mais cai no Enem, e é importante que os estudantes estejam preparados para interpretar textos de diferentes gêneros, como notícias, reportagens, poemas, contos, crônicas, etc.

Funções da linguagem

As funções da linguagem são os diferentes objetivos que o emissor de uma mensagem pode ter ao se comunicar. É importante que os estudantes conheçam as cinco funções da linguagem:

Função referencial: transmitir uma informação objetiva.
Função conativa: influenciar o comportamento do receptor.
Função emotiva: expressar os sentimentos do emissor.
Função fática: estabelecer ou manter a comunicação.
Função metalinguística: falar sobre a própria linguagem.

Figuras de linguagem

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

As figuras de linguagem são recursos que os autores usam para tornar a linguagem mais expressiva. É importante que os candidatos ao Enem conheçam as principais figuras de linguagem, como metáfora, comparação, personificação, hipérbole, etc.

LEIA TAMBÉM: Saiba quando serão divulgados os locais de prova do Enem 2023

Gramática

A gramática é o conjunto de regras que regem a língua portuguesa. É importante que os estudantes conheçam as regras de acentuação, ortografia, concordância, e regência.

Gêneros textuais

Os gêneros textuais são tipos de textos que se caracterizam por suas estruturas e objetivos. Os estudantes precisam conhecer os principais gêneros textuais, como notícia, reportagem, poema, conto, crônica, etc.

Contexto e imagem

Muitas questões de Linguagens do Enem envolvem a interpretação de imagens. Os candidatos precisam estar preparados para interpretar as fotografias, desenhos, pinturas, charges e outros tipos de imagens que podem aparecer na prova.

Temáticas específicas

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Algumas questões abordam temas específicos, como tecnologias da informação, interpretação de poemas, mecanismos de coesão. É importante que os estudantes conheçam minimamente esses temas. Uma boa dica é assistir vídeos no youtube com resumo das temáticas.

LEIA TAMBÉM: Enem: 10 filmes imperdíveis que aumentam repertório para redação

Ambiguidade

A ambiguidade é uma característica da linguagem que permite que uma mesma expressão tenha dois ou mais significados. É importante que os estudantes saibam identificar a ambiguidade em textos e imagens.

Denotação e conotação

A denotação é o significado literal de uma palavra ou expressão. A conotação é o significado figurado de uma palavra ou expressão. Os alunos devem diferenciar a denotação da conotação.

Intertextualidade

A intertextualidade é a relação que um texto estabelece com outros textos. É importante que os estudantes saibam identificar a intertextualidade em textos.

LEIA TAMBÉM: Como são escolhidos os fiscais do Enem? Veja salário para trabalhar no dia da prova

Confira 05 questões para você fazer e revisar o conteúdo

QUESTÃO 1. (Enem 2009)

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05
"Para o Mano Caetano / O que fazer do ouro de-tolo / Quando um doce bardo brada a toda a brida,/ Em velas pandas, suas esquisitas rimas? / Geografia de verdades, Guanabaras postiças / Saudades banguelas, tropicais preguiças? / A boca cheia de dentes / De um implacável sorriso / Morre a cada instante / Que devora a voz do morto, e com isso, / Ressuscita vampira, sem o menor aviso / […]

E eu soy lobo-bolo? lobo-bolo / Tipo, pra rimar com ouro de tolo? / Oh, Narciso Peixe Ornamental! / Tease me, tease me outra vez / Ou em banto baiano / Ou em português de Portugal / Se quiser, até mesmo em americano / De Natal / […]

Tease me (caçoe de mim, importune-me). LOBÃO." 

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_06

Na letra da canção apresentada, o compositor Lobão explora vários recursos da língua portuguesa a fim de conseguir efeitos estéticos ou de sentido. Nessa letra, o autor explora o extrato sonoro do idioma e o uso de termos coloquiais na seguinte passagem:

a) “Quando um doce bardo brada a toda brida” (v. 2)
b) “Em velas pandas, suas esquisitas rimas?” (v. 3)
c) “Que devora a voz do morto” (v. 9)
d) “lobo-bolo//Tipo pra rimar com ouro de tolo? (v. 11-12)
e) “Tease me, tease me outra vez” (v. 14)

QUESTÃO 2. (Enem 2018) "Acuenda o Pajubá”: conheça o “dialeto secreto” utilizado por gays e travestis

“Nhaí, amapô! Não faça a loka e pague meu acué, deixe de equê se não eu puxo teu picumã!” Entendeu as palavras dessa frase? Se sim, é porque você manja alguma coisa de pajubá, o “dialeto secreto” dos gays e travestis.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_07
Adepto do uso das expressões, mesmo nos ambientes mais formais, um advogado afirma: “É claro que eu não vou falar durante uma audiência ou uma reunião, mas na firma, com meus colegas de trabalho, eu falo de ‘acué’ o tempo inteiro”, brinca. “A gente tem que ter cuidado de falar outras palavras porque hoje o pessoal já entende, né? Tá na internet, tem até dicionário...”, comenta.

O dicionário a que ele se refere é o Aurélia, a dicionária da língua afiada, lançado no ano de 2006 e escrito pelo jornalista Angelo Vip e por Fred Libi. Na obra, há mais de 1 300 verbetes revelando o significado das palavras do pajubá.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_08

Não se sabe ao certo quando essa linguagem surgiu, mas sabe-se que há claramente uma relação entre o pajubá e a cultura africana, numa costura iniciada ainda na época do Brasil colonial."

Da perspectiva do usuário, o pajubá ganha status de dialeto, caracterizando-se como elemento de patrimônio linguístico, especialmente por

a) ter mais de mil palavras conhecidas.
b) ter palavras diferentes de uma linguagem secreta.
c) ser consolidado por objetos formais de registro.
d) ser utilizado por advogados em situações formais.
e) ser comum em conversas no ambiente de trabalho.

QUESTÃO 3. (Enem 2015)

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_09
"Aquarela. O corpo no cavalete é um pássaro que agoniza exausto do próprio grito. As vísceras vasculhadas principiam a contagem regressiva. No assoalho o sangue se decompõe em matizes que a brisa beija e balança: o verde – de nossas matas o amarelo – de nosso ouro o azul – de nosso céu o branco o negro o negro. 

CACASO. In: HOLLANDA, H. B (Org.). 26 poetas hoje. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007."

Situado na vigência do Regime Militar que governou o Brasil, na década de 1970, o poema de Cacaso edifica uma forma de resistência e protesto a esse período, metaforizando

a) as artes plásticas, deturpadas pela repressão e censura.
b) a natureza brasileira, agonizante como um pássaro enjaulado.
c) o nacionalismo romântico, silenciado pela perplexidade com a Ditadura.
d) o emblema nacional, transfigurado pelas marcas do medo e da violência.
e) as riquezas da terra, espoliadas durante o aparelhamento do poder armado.

QUESTÃO 4. (Enem 2015)

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_10
"Em primeiro lugar gostaria de manifestar os meus agradecimentos pela honra de vir outra vez à Galiza e conversar não só com os antigos colegas, alguns dos quais fazem parte da mesa, mas também com novos colegas, que pertencem à nova geração, em cujas mãos, com toda certeza, está também o destino do Galego na Galiza, e principalmente o destino do Galego incorporado à grande família lusófona.

E, portanto, é com muito prazer que teço algumas considerações sobre o tema apresentado. Escolhi como tema como os fundadores da Academia Brasileira de Letras viam a língua portuguesa no seu tempo.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_11
Como sabem, a nossa Academia, fundada em 1897, está agora completando 110 anos, foi organizada por uma reunião de jornalistas, literatos, poetas que se reuniam na secretaria da Revista Brasileira, dirigida por um crítico literário e por um literato chamado José Veríssimo, natural do Pará, e desse entusiasmo saiu a ideia de se criar a Academia Brasileira, depois anexada ao seu título: Academia Brasileira de Letras.

Nesse sentido, Machado de Assis, que foi o primeiro presidente desde a sua inauguração até a data de sua morte, em 1908, imaginava que a nossa Academia deveria ser uma academia de Letras, portanto, de literatos. [BECHARA, E.]."

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_12

No trecho da palestra proferida por Evanildo Bechara, na Academia Galega da Língua Portuguesa, verifica-se o uso de estruturas gramaticais típicas da norma padrão da língua. Esse uso

a) torna a fala inacessível aos não especialistas no assunto abordado.
b) contribui pra clareza e a organização da fala no nível de formalidade esperado pra situação.
c) atribui à palestra características linguísticas restritas à modalidade escrita da língua portuguesa.
d) dificulta a compreensão do auditório pra preservar o caráter rebuscado da fala.
e) evidencia distanciamento entre o palestrante e o auditório pra atender os objetivos do gênero palestra.

QUESTÃO 5. (Enem 2019) "A Esbraseia o Ocidente na agonia O sol… Aves em bandos destacados, Por céus de ouro e púrpura raiados, Fogem… Fecha-se a pálpebra do dia… Delineiam-se além da serrania Os vértices de chamas aureolados, E em tudo, em torno, esbatem derramados Uns tons suaves de melancolia. Um mundo de vapores no ar flutua… Como uma informe nódoa avulta e cresce A sombra à proporção que a luz recua. A natureza apática esmaece… Pouco a pouco, entre as árvores, a lua Surge trêmula, trêmula… Anoitece. [CORRÊA, R.]."

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_12

Composição de formato fixo, o soneto tornou-se um modelo particularmente ajustado à poesia parnasiana. No poema de Raimundo Corrêa, remete(m) a essa estética

a) as metáforas inspiradas na visão da natureza.
b) a ausência de emotividade pelo eu lírico.
c) a retórica ornamental desvinculada da realidade.
d) o uso da descrição como meio de expressividade.
e) o vínculo a temas comuns à Antiguidade Clássica.

GABARITO: 1.D | 2.C | 3.D | 4.B | 5.D.

Carregando...


/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.