Dino (divulgador de notícias)

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Geral

Estudo avalia uso de celulares durante horas escolares

Pesquisa feita com jovens de 11 a 17 anos nos EUA mostrou que 97% dos participantes usa o celular durante o horário de aulas; diretor de empresa especializada em saúde escolar aponta necessidade de conscientização além da simples proibição do uso

Dino - Divulgador de Noticias
audima
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Foto: Divulgação/DINO
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Em um estudo recente conduzido e publicado pela organização sem fins lucrativos Common Sense, constatou-se que 97% dos adolescentes e pré-adolescentes participantes usam seus celulares durante as horas escolares, por uma média de 43 minutos por dia. O levantamento considerou “horas escolares” como sendo de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h. 

O número médio de vezes em que os estudantes pegaram seus celulares durante o dia escolar foi de 13 vezes, sendo que o número máximo de vezes foi 229. O estudo envolveu 203 jovens estadunidenses com idades variando entre 11 e 17 anos. 

Ainda segundo o estudo, o tipo de aplicativo mais utilizado pelos jovens durante as horas escolares foram os de redes sociais, sendo que 32% do tempo de uso dos smartphones foi dedicado a esse tipo de aplicativo. Em segundo lugar, vem o YouTube, que respondeu por 26% do tempo de uso de celulares durante horas de estudo.

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Jones Augusto Silva é diretor da Urmes, empresa especializada em saúde escolar com quase 50 anos de mercado e avalia a situação nas escolas brasileiras como similar ao retrato produzido pelo estudo americano. Silva lembra, porém, que é importante “não considerar isso apenas abuso por parte dos alunos, pois eles já vem de casa com esse costume, já aprenderam que podem usar”.

O estudo da Common Sense faz a ressalva de que as políticas de uso de celulares em sala de aula variam muito de escola para escola, e que os alunos também reagem de forma diferente às restrições. Silva conta que, no Brasil, algumas prefeituras e governos estaduais proibiram ou regulamentaram o uso de celular em escolas públicas, e que várias escolas particulares também apresentam essa preocupação.

O profissional alerta, porém, que a simples proibição não é a melhor abordagem. “O caminho é conscientizar pais e alunos. Projetos sobre o uso de telas, rodas de conversa, escuta profissional e palestras com pais e responsáveis são necessários para a escola participar efetivamente na prevenção de doenças que podem surgir pelo uso excessivo de smartphones”, explica Silva.

Uso dos smartphones e saúde dos jovens

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Já em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabeleceu a recomendação de limitar o tempo de tela de crianças de até cinco anos a 60 minutos por dia. Para bebês de menos de 1 ano, a recomendação é de barrar o uso totalmente. As orientações são parte dos esforços da OMS em combater o sedentarismo e obesidade infantil.

Silva aponta que a conscientização sobre os impactos na saúde deve estar presente no trabalho das escolas em lidar com o uso de smartphones durante os estudos. “Há uma conveniência e até conivência dos pais, que querem compensar a ausência do dia a dia e até distrair as crianças, mas isso cria um vício perigoso que não auxilia na formação de um bom comportamento e ainda traz riscos à saúde”, diz ele.

A OMS recomenda que o tempo de tela excessivo seja trocado por atividades físicas e interação com outras pessoas e outros tipos de conteúdo que não os digitais. Crianças de até quatro anos de idade deveriam estar ativas por pelo menos 180 minutos ao longo do dia.

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Há várias formas de escola e família colaborarem para ajudar as crianças e adolescentes a manterem um uso saudável dos celulares, diz Silva. “Os diretores das escolas precisam incluir em seus projetos os encontros de conscientização e incentivar a discussão do tema com toda a comunidade escolar”, pontua. “Os professores precisam também abrir espaço para inclusão desse tema na sala de aula, afinal de contas, como educadores, atuam na formação dessas crianças e adolescentes”, finaliza.

Para saber mais, basta acessar http://www.urmes.com.br 

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