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Geral

De fantasia à pop-it: professores usam a criatividade para melhorar ensino no ES

Com a chegada da pandemia e as crianças ficando cada vez mais agitadas, professores se reinventam na sala de aula para chamar atenção dos alunos

Redação Folha Vitória
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Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Professor veste fantasia para atrair atenção dos alunos
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A frase: “Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo”, foi dita pelo educador e filósofo pernambucano, Paulo Freire, e retrata o trabalho que muitos professores desempenham nas salas de aula com seus alunos. 

Em homenagem ao Dia dos Professores, comemorado anualmente em 15 de outubro desde 1963, a reportagem do Folha Vitória separou histórias de alguns profissionais que, a cada dia, têm buscado novos métodos para tornar o ensino mais eficaz.

Professor Super-herói

Com a chegada da pandemia da covid-19, em março de 2020, e a migração dos estudos para o ambiente virtual, os educadores foram obrigados a mudar a dinâmica das aulas. 

O professor de matemática Weverton Silva, de 39 anos, do Centro Educacional Vinícius de Moraes (Cevim), em Cariacica, decidiu ousar no look para dar aula. 

O objetivo era chamar a atenção da garotada. "No início de março de 2020, pensei: 'Por que não me vestir de Capitão América para atrair a atenção dos alunos? Quando anunciava que o Capitão estaria na aula, eles ficavam a semana toda perguntando se estava confirmada a presença dele", contou o professor.

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal
Wevertor Silva e o filho, Arthur Klein da Silva, vestindo fantasia do Capitão América
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Ele é professor das turmas de 6º ao 9º ano. Segundo Weverton, a proposta de se fantasiar de um dos heróis dos Vingadores cumpriu a missão que pretendia alcançar e, dessa maneira, os alunos conseguiram aprender melhor.

"Eu anunciava que o Capitão poderia aparecer durante a semana, o índice de presença era maior. A grande maioria estava mais interessada em participar da aula, eles aprendiam e interagiam mais. Quando não falava nada, o nível era mediano. Uma combinação de diversão, ganhar tempo, porque eles ficam mais focados nas aulas", destacou.

O professor ainda relatou que viu uma melhora nas notas dos alunos com a nova dinâmica, mas reforçou que os estudos feitos presencialmente são importantes para o desenvolvimento social do aluno. 

"Para a modalidade infantil e juvenil, o presencial é muito mais importante por uma questão de socialização. Como a única forma, no início da pandemia era online, tivemos que nos reestruturar. Fazer com o pouco que a gente tinha o máximo que poderia", finalizou ele.

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Mesmo com o retorno das aulas para a modalidade presencial, os alunos não deixaram de lado o personagem que fez parte do ensino enquanto estavam  distantes. Segundo o professor, a ideia de vestir a fantasia ainda é um sucesso.

Aprendendo o alfabeto usando brinquedo de desestressar crianças

Foto: Reprodução TV Vitória

Os brinquedos que se tornaram febre entre as crianças por causa do seu efeito de por fim ao estresse ganharam uma nova função: contribuir com a aprendizagem escolar. Aproveitando que os alunos estavam vidrados nos novos pop-it's, a professora Elisangela Carcabrini, educadora em uma escola municipal de Vila Velha, inovou nas aulas.

"Meus alunos estavam levando o pop-it para sala de aula, brincando. E me chamou atenção. Então perguntei sobre o brinquedo, e eles me falaram que gostavam muito. Ficavam apertando as bolinhas. Foi, então, que percebi que daria para trabalhar em sala de aula com isso", destacou ela. 

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Para os alunos de Elisangela ficou mais divertido aprender o alfabeto, por exemplo. A estratégia usada por ela é simples: ela escreve todas as letras do alfabeto em cada bolinha do brinquedo e assim, para formar palavras, por exemplo, é só apertar as letras necessárias.

"Eu uso para ensinar o alfabeto, vogais, consoantes. Dá para trabalhar o som das sílabas, operações matemáticas como adição, subtração. Conseguimos trabalhar de diversas formas, vai depender da intencionalidade do professor e dos pais", explicou ela.

Portanto, fica comprovado que quando a diversão chega o aprendizado se torna mais prazeroso e as crianças não apenas são escolarizados, como também se divertem. 

"A criança aprende brincando. Sempre usamos esse jeito, porque as crianças, tanto com o professor quanto com os colegas, acabam aprendendo mais. Sendo mais divertido aquele momento em sala de aula", afirmou Elisangela.

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