PROJETO TAMAR

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Geral

Entenda qual a função da telemetria via satélite no ciclo de vida das tartarugas marinhas

O projeto Tamar estuda desde 2001 o deslocamento das tartarugas marinhas com a telemetria

Thamiris Guidoni

Redação Folha Vitória
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Foto: Arquivo/ Agência Brasil
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Talvez você já tenha ouvido falar que as tartarugas marinhas não são importantes para o meio ambiente, mas é aí que se engana! Esses bichinhos são fundamentais para a vida de todo um ecossistema, que inclui até mesmo outros animais. As tartarugas são tão essenciais que exigem um trabalho de observação e monitoramento à respeito do ciclo de vida e do comportamento.

Diante dessa necessidade, o Projeto Tamar estuda desde 2001 o deslocamento das tartarugas marinhas com a telemetria. Esse monitoramento é feito via satélite. Um pequeno transmissor é colado no casco do animal, que em seguida, retorna ao curso de vida.

Alexsandro Santos, biólogo e Pesquisador, explica a prioridade dada pelo Projeto Tamar em relação às pesquisas de telemetria. Ouça:

Alexsandro Santos

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O transmissor possui uma bateria que tem uma durabilidade que varia de meses até pouco mais de três anos. A partir daí os pesquisadores podem acompanhar a tartaruga, isso porque o dispositivo envia dados sobre a posição geográfica, que permite determinar zonas que os animais usam para alimentação, desenvolvimento e descanso. Esses dados são importantíssimos para que esses bichinhos continuem sendo conservados. 

Foto: Projeto Tamar Fundação

Além disso, a Telemetria está entre os principais estudos para conhecer ainda mais o ciclo de vida das tartarugas marinhas. Com toda certeza você já deve ter visto uma tartaruga nadando pelos mares do Espírito Santo, não é mesmo? Mas por que esses animais escolhem o nosso litoral? De acordo com Alexsandro Santos, a temperatura das águas é um dos motivos. “O sexo dos filhotes é determinado pela temperatura em que os ovos são chocados. Então, temperaturas mais quentes produzem fêmeas, já as mais frias produzem machos”.

Foto: Projeto Tamar Fundação
Rotas migratórias 
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O pesquisador ainda ressaltou que o litoral do Espírito Santo mantém a reprodução mais balanceada. “As tartarugas cabeçudas que nascem na Bahia e em Sergipe são quase por sua totalidade fêmeas. Enquanto no Rio de Janeiro e no Espírito Santo a produção de machos e fêmeas são mais equilibrados”.

Foto: Projeto Tamar Fundação
Alexsandro Santos é Biólogo e Pesquisador do Tamar

Todos esses estudos só puderam ser medidos e comparados devido ao rastreamento por satélite, já que esses animais raramente conseguem ser acompanhados no mar. 

“A telemetria é uma das únicas ferramentas que temos para monitorar e conhecer a rota migratória desses animais. Essa tecnologia mostra o caminho que o animal faz”, pontuou Santos.

Os resultados iniciais apontam que as tartarugas marinhas que passam pela costa brasileira e que nascem ou apenas frequentam o litoral, também atravessam a costa de países do continente americano e africano, demonstrando ainda mais a importância das tartarugas como um recurso natural compartilhado, e que demanda esforços até mesmo internacionais para sua proteção.

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O repórter Michel Bermudes conversou com o oceanógrafo do Centro de Visitação do Projeto Tamar, Rafael Kuster sobre as espécies de tartarugas marinhas protegidas por lá:


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