/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Geral

Por dentro da Mata Atlântica: expedição revela riquezas do bioma

Imersos na natureza durante uma semana, equipe registra espécies raras da Mata Atlântica. O material coletado será transformado em um livro.

Redação Folha Vitória
audima
audima
Foto: Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios
Expedição realizada flagrou espécies raras na Reserva Ambiental Águia Branca, em Vargem Alta. 
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

Já parou para pensar em tudo que existe dentro de uma floresta? Ao longo de uma semana, uma equipe composta por sete pessoas viveu uma imersão na Reserva Ambiental Águia Branca, Reserva Particular do Patrimônio Natural de propriedade do Grupo Águia Branca. Localizada em Vargem Alta, nas montanhas capixabas, entre os parques estaduais de Forno Grande e de Pedra Azul, o material coletado ilustrará um livro sobre a biodiversidade da região.

De acordo com o fotógrafo Leonardo Merçon, que liderou a expedição, durante o processo foi possível fotografar diversas espécies de aves e anfíbios, além de alguns pequenos marsupiais. “Essa foi a primeira expedição do projeto, fomos para fazer um reconhecimento do local. Nosso objetivo era ver o que a reserva abriga e fazer registros para o livro”, explicou.

Leonardo reforçou a importância da reserva para a conservação da Mata Atlântica no Estado. “Esse corredor está no meio de dois parques estaduais, é considerado um dos maiores blocos de mata contínua do Espírito Santo. Nesse local existem espécies que só tem ali. Tem onça parda, veado. Nosso objetivo é divulgar o que tem ali para reforçar a importância da proteção do local”, concluiu.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

A Reserva Águia Branca já possui uma área total de 2.225,64 hectares. Além disso, outros 1.698,07 hectares – o que equivale a quase 1.700 campos de futebol – foram transformados em RPPN. Outros 527,57 hectares estão em processo de incorporação e quando esta segunda parte for agrupada, a RPPN será a maior do Espírito Santo.

O fotógrafo explicou que, apesar da ação humana no local, é possível perceber que se trata de uma massa de floresta mais compacta, menos fragmentada. O saldo da primeira parte da aventura foi bastante positivo.

“Encontramos espécies que não estavam previstas. O Arapapá, uma espécie de ave, não existia no local, mas o encontramos. Também fotografamos uma ave que só tinha 2 fotos em todo o Estado, e fotos feitas no meio do mato. Conseguiram fazer uma foto da sanã vermelha, ela passou e se exibiu para nós”, contou o fotógrafo animado.
Foto: Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Leonardo contou que nenhuma expedição é igual. “Toda a expedição é um presente diferente que a natureza dá. A gente só mostra o que a natureza permite. A felicidade de ter contato com animais raros me dá uma satisfação muito grande, por ter sido presenteado com o fato de os animais passarem perto sem medo”

Sobre a fotografia da Sanã Vermelha, uma espécie de ave, Leonardo contou que se sentiu privilegiado. “Ela é uma ave difícil de fotografar, mas ela se exibiu. É isso que eu levo, os presentes que a natureza me dá”, concluiu.

Para a próxima etapa da expedição, que ainda não tem data definida, a expectativa é, segundo Leonardo, “sempre muito boa”. De acordo com o fotógrafo, o grupo sempre espera a oportunidade de registrar espécies diferentes. “A diversidade é tão grande, sempre tem algo diferente para fotografarmos”.

Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios
Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios
Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios
Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios
Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios
Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios
Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios
Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios
Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios
Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios
Leonardo Merçon / Instituto Últimos Refúgios

Sobre as surpresas ao longo do caminho, ele contou que são sempre positivas. “Só me assusto com pessoas, de bichos eu não tenho medo. Não me aproximo mais do que o que eles permitem. Os animais são muito acostumados com o ser humano, os que sobreviveram sabem que não podem se aproximar muito”, finalizou

Sobre o livro

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05

O fotógrafo explicou que o livro faz parte de uma série feita há 13 anos, desde 2006, falando sobre áreas naturais protegidas no Espírito Santo. “A ideia é mapear e criar um material visual das unidades”, explicou.

As expedições duram entre uma semana e dez dias. A equipe é composta por especialistas de várias áreas. “Nessa primeira focamos nas aves e mamíferos. Depois vamos variando e com a ajuda dos especialistas entendemos melhor o que estamos fotografando”, explicou. A ideia, de acordo com Leonardo, é traduzir a natureza para os leigos. 

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.