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Justiça considera médico culpado por roubo de bebê durante ditadura na Espanha

Estadão Conteudo

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Um tribunal de Madri determinou, nesta segunda-feira, 8, que o ginecologista Eduardo Vela, de 85 anos, roubou um bebê recém-nascido há quase cinco décadas, mas não o penalizou, sob o argumento de que o crime prescreveu. A criança roubada por Vela foi uma das várias crianças sequestradas durante a ditadura franquista na Espanha.

Segundo a corte, o médico não pode ser punido porque a vítima, Inés Madrigal, não apresentou sua queixa até 2012. Além disso, foi determinado que Vela também é o responsável não somente pelo sequestro de Inés, em 1969, mas também pela falsificação de seu nascimento, com os nomes de pais adotivos, e falsificação de documentos oficiais.

O veredicto desta segunda-feira é o primeiro da Espanha relacionado ao sequestro de milhares de crianças durante a Guerra Civil espanhola e as décadas de ditadura liderada pelo general Francisco Franco que se seguiram.

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Vela, que era diretor de uma clínica em Madri, considerada o epicentro do escândalo, negou as acusações durante o julgamento.

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