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Ondas levam parte de calçadão de praia no Rio

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Rio de Janeiro - Quiosques engolidos pela terra, calçadão e ciclovia dissolvidos pelo mar, medo de novos desmoronamentos. Esse era o cenário hoje (15) na Praia da Macumba, na zona oeste do Rio, onde há cerca de um mês a orla tem sido dissolvida e levada pelas ondas. Assustados, moradores temem uma tragédia, enquanto esperam providências do município. Em nota, a prefeitura anunciou obras emergenciais para estancar a erosão.

Até agora, a Defesa Civil Municipal apenas interditou parte da área atingida com faixas. Elas não impedem que curiosos passem para ver de perto as partes do calçadão que afundaram. A destruição é fruto dos ventos que sopram nas direções sudeste e leste que, em 2017, ocorrem por mais tempo e com maior intensidade. A força do mar deslocou a areia, escavando a base da pista, o que causou o desmoronamento.

Na manhã deste domingo chuvoso no Rio, as ondas batiam com força nos escombros do calçadão destruído. Apesar da chuva e das faixas da Defesa Civil, a orla da Macumba parecia um ponto turístico lotado. Um dos pontos que mais chamavam a atenção era o local onde ficavam os quiosques Point dos Amigos e Sabor das Ondas. Agora só é possível ver dois telhados nas cores azul e vermelha As estruturas afundaram em uma cratera que se abriu no calçadão na última sexta-feira, 13.

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"Pedimos para tirarem os quiosques (do buraco), mas nada foi feito", disse Carlos Roberto Batista, dono de um dos bares, que estima um prejuízo imediato de R$ 20 mil. Ele contou que perdeu todo o estoque que fizera para o feriado.

Moradora do Condomínio Sobre as Ondas, na orla da Macumba, Cristiane Fernandes de Souza preferiu deixar o apartamento onde morava com a mãe, de 66 anos. Ela é uma das líderes do movimento dos moradores em busca de uma solução para o caso. Segundo ela, autoridades municipais prometeram uma solução - entre eles o secretário municipal de Conservação e Meio Ambiente, Jorge Felippe Neto - prometeram um estudo para o conserto.

"Deixamos claro que precisamos que liberem verba para uma obra emergencial de contenção", contou Cristiane.

Débora Ferreira, que mora na Macumba há 27 anos, está desde ontem sem acesso direto à sua casa, na orla. A calçada em frente ruiu. Ela, a irmã, o cunhado, a mãe e duas crianças de 3 e 13 anos estão contando com a boa vontade de vizinhos para chegar em casa, passando pelo prédio ao lado.

"É difícil acreditar que órgãos com tanto poder não tenham verba", criticou.

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Síndico do condomínio Villagio Acqua Fina, Piero Carbone estima que cerca de cem famílias vivam em prédios da orla da Macumba. "Nossa preocupação é com a segurança dos condôminos. Esse problema começou há 30 dias, diversas autoridades vieram aqui e nada fizeram. Queremos que façam uma obra para conter o avanço do mar e eliminar o risco para os prédios", disse.

Prefeitura. Moradores da Macumba estudam entrar com uma ação civil pública contra o município por meio da Associação Nacional de Assistência ao Consumidor (Anacont). A ideia é pedir uma liminar determinando o início das obras de contenção e a reparação de futuros danos causados pelos desmoronamentos.

A reconstrução do calçadão da Praia da Macumba é prioridade, segundo o secretário Felippe Neto, que assumiu a pasta na terça-feira passada, 10. O órgão ainda aguarda liberação orçamentária para que as obras de contenção comecem. Segundo a Prefeitura, a verba deve ser liberada nesta segunda-feira, em caráter emergencial, para que o canteiro de obras seja montado e os trabalhos sejam iniciados.

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De acordo com a Secretaria de Conservação, um estudo encomendado à Coppe/UFRJ (Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro) entregue no último dia 2 apontou que já havia necessidade de executar o reforço estrutural do muro desde 2005.

"Inicialmente a solução escolhida seria o estaqueamento do calçadão, contudo, com o avanço da erosão observado ontem (anteontem, 13), técnicos da prefeitura se reuniram novamente hoje (ontem, 14), e a solução de engenharia para conter a ação de erosão do mar teve que ser alterada: serão colocadas entroncamento sintético (bolsas preenchidas de concreto) na frente e atrás do muro em questão, protegendo, assim, as construções que estão no raio monitorado pela Defesa Civil do município e garantindo celeridade à contenção", informou a secretaria, em nota.

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