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Geral

Público LGBT participa de palestra sobre câncer de mama em Vitória

Durante o encontro, os participantes puderam esclarecer dúvidas sobre a doença e conhecer um pouco mais da Política Nacional de Saúde Integral de LGBT

Redação Folha Vitória
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A palestra aconteceu na última segunda-feira Foto: Divulgação/Governo/ Assessoria de Comunicação/Sesa
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O câncer de mama foi tema de uma palestra promovida, na última segunda-feira (26), para o público LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais), na sede da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em Vitória. Durante o encontro, os participantes puderam esclarecer dúvidas sobre a doença e conhecer um pouco mais da Política Nacional de Saúde Integral de LGBT. 

Antes da palestra sobre o câncer de mama, foi apresentada a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, como ela se organiza e se concretiza. A política foi aprovada pelo Conselho Nacional de Saúde em 2008 e publicada pela Portaria nº 2.836, de 1º de dezembro de 2011. 

"A Política reafirma o compromisso do SUS de garantir atendimento à saúde a todo cidadão, respeitando especificidades de gênero, práticas afetivas ou sexuais. Ela trabalha com questões de sexualidade e identidade de gênero, que é como a pessoa se apresenta para a sociedade, inclusive nos serviços de saúde”, disse Jessica Bernardo Rodrigues, do Departamento de Apoio a Gestão Participativa do Ministério da Saúde.

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Jessica disse que o SUS foi pioneiro em fornecer o cartão com nome social para travestis e transexuais, possibilitando exercer o direito da pessoa ser identificada pelo nome que escolheu.

Câncer de mama

O médico Luiz Augusto Fagundes, referência técnica em oncologia da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), ressaltou durante a palestra a importância do conhecimento do próprio corpo para identificar precocemente alterações na mama e procurar um serviço médico. 

“Quanto mais rápido o diagnóstico e tratamento, maiores são as chances de cura e menores serão as sequelas. A vergonha e o preconceito com o próprio corpo ainda impedem o autoconhecimento, que é de extrema importância”, disse o médico, que abordou também sobre como identificar a doença, formas de prevenção e de tratamento.

De acordo com Luiz Augusto Fagundes, existem fatores de risco para o surgimento do câncer de mama, como idade, suscetibilidade genética, gênero e etnia. Também existem outros fatores, que segundo o médico, podem ser combatidos com a adoção de hábitos saudáveis.

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“Existem fatores como o sedentarismo, o tabagismo, obesidade e o consumo de bebida alcoólica que influem no desenvolvimento do câncer de mama. Mas esses são fatores que podem ser combatidos para se prevenir contra a doença. É importante evitar a ingestão de gorduras, alimentos defumados e alimentos artificiais, por exemplo”, ressaltou a  referência técnica em oncologia da Sesa.

Segundo o médico, a ingestão de alimentos saudáveis como frutas, legumes, vegetais e grãos, tanto previnem quanto ajudam a evitar o câncer de mama.

Dados

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), 990 novos casos de câncer de mama devem ser registrados no Espírito Santo em 2015. Sabe-se que mulheres entre 50 e 69 anos são naturalmente mais propensas a desenvolver a doença, razão pela qual elas compõem o principal público-alvo das ações de saúde. 

Das 1.262 mulheres que morreram em decorrência do câncer de mama no Espírito Santo entre 2010 e 2014, 46,67% estavam dentro dessa faixa etária. Os demais óbitos foram registrados em mulheres com idade entre 40 e 49 anos (19,25%); 70 e 79 anos (13,78%); 80 anos ou mais (12,59%); 30 e 39 anos (6,81%) e 20 e 29 anos (0,87%). No primeiro semestre deste ano, foram registrados 131 óbitos por câncer de mama no Estado. Desse total, 47,32% eram mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos.

Palestras

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A palestra faz parte da programação do Outubro Rosa para comunidades de povos tradicionais do Estado e público LGBT, realizada em parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Área Técnica de Promoção da Equidade e a Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (Afecc).

Nesta segunda-feira (26), a palestra também foi ministrada para a população de matriz africana na Casa de Mãe Leida de Oxum, em Campo Grande, Cariacica.  No dia 09 de novembro o encontro para levar informações e esclarecer dúvidas sobre o câncer de mama acontecerá na comunidade quilombola de Guarapari.

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