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Prédio atingido por pedra em Santa Teresa não corre o risco de desabar, garante Defesa Civil

O órgão, no entanto, ainda não sabe dizer em quanto tempo as famílias que moravam no imóvel poderão retornar ao local. Prédio foi evacuado e está interditado

Redação Folha Vitória
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Segundo a Defesa Civil de Santa Teresa, o prédio atingido por uma pedra, na noite desta terça-feira, não teve a estrutura comprometida e será reformado Foto: Reprodução

O prédio atingido por uma pedra na noite desta terça-feira (06), em Santa Teresa, região Serrana do Espírito Santo, não corre o risco de desabar. É o que garante a Defesa Civil do município que, no entanto, ainda não sabe dizer em quanto tempo as famílias que moravam no imóvel poderão retornar ao local.

O prédio foi evacuado e está interditado. Ao todo, cinco pessoas ficaram feridas e precisaram ser levadas para um hospital da região.

De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Elias Barroso, ainda existe o risco de novos fragmentos de pedra se soltarem e atingirem o imóvel. Além disso, apesar de a estrutura do prédio não ter sido comprometida, é preciso repor uma das colunas, que foi danificada.

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"O quarto do terceiro andar está pendurado. Ele está preso à estrutura, mas embaixo não tem nada para segurá-lo. Portanto é preciso fazer uma escora no local, colocar uma nova coluna, até mesmo para que seja feito o trabalho de retirada do entulho e a reforma do imóvel", explicou.

O coordenador da Defesa Civil disse que, por ser mais urgente, essa será a primeira medida a ser tomada, já que as demais colunas estão sobrecarregadas com o peso do imóvel. "Com uma coluna a menos, as demais estão sendo mais exigidas, porque não foram projetadas para suportar aquele peso. Então se não for feito logo o escoramento, elas vão começar a apresentar sinais de que também podem ceder", destacou.

Outra medida a ser tomada será a remoção dos blocos de pedra que ainda correm risco de deslizarem. Segundo Barroso, a rocha fica em um local de mata fechada e difícil acesso. No entanto, com o deslizamento ocorrido na última noite, uma clareira foi aberta na vegetação, o que possibilitou o acesso ao local.

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"Conseguimos verificar que no local onde fica essa pedra tem um pequeno curso hídrico, um filete de água que pode ter contribuído para o deslizamento. Provavelmente essa água se infiltrou em alguma fissura daquela rocha e causou a erosão. É um processo que normalmente dura anos para acontecer, mas, com o tempo seco, a pedra perde a liga e fica arenosa, mais sedimentável e sucetível a esfarelar. Isso provavelmente contribuiu para o deslizamento", explicou.

Entenda o caso

Após ser atingido pela pedra, o imóvel precisou ser evacuado e ficará interditado nos próximos dias Foto: Reprodução

O incidente aconteceu por volta das 23 horas desta terça-feira. A pedra, que fica a cerca de 200 metros do prédio, rolou e atingiu principalmente dois apartamentos. Seis famílias moravam no edifício e todos precisaram evacuar o local na manhã desta quarta-feira (07).

Os cinco feridos - dois casais e uma menina de 5 anos, filha de um dos casais - foram encaminhados para o Hospital Madre Regina Protmann, em Santa Teresa. De acordo com a assessoria de comunicação do hospital, apenas uma mulher continua internada na unidade. 

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Paulina Francisca da Cruz sofreu um corte na perna e precisou se submeter a uma pequena cirurgia. No entanto, segundo o hospital, o estado de saúde dela é estável. Ainda não há previsão para ela receber alta.

Os demais feridos foram medicados, receberam curativos e fizeram exames de rotina. Em seguida, foram liberados. 

Segundo o coordenador da Defesa Civil, foi oferecida aos moradores do imóvel atingido a possibilidade de se acomodarem em um abrigo da prefeitura. No entanto, eles optaram por ficar na casa de parentes.

"Mesmo que outros cômodos não tenham sido atingidos, em geral é bom que todos os moradores deixem o imóvel, já que a fiação elétrica fica exposta e há o risco de incêndio, por exemplo. Hoje à tarde, algumas pessoas passaram lá para buscar seus últimos pertences, mas o prédio seguirá interditado até que o risco seja eliminado. Não é possível prever até quando isso vai acontecer, já as obras podem atrasar por conta de chuvas ou outros fatores", disse Barroso.

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