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VÍDEO | Idoso é resgatado em propriedade rural no ES passando fome e sede

De acordo com o inquérito, o trabalhador de 65 anos vivia em situação análoga à escravidão em Boa Esperança há pelo menos cinco anos

Lucas Gaviorno *Estagiário

Redação Folha Vitória
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Foto: MPTES/divulgação
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Um trabalhador de 65 anos foi encontrado em condições análogas à escravidão, em Boa Esperança, no Norte do Espírito Santo. De acordo com o inquérito, o trabalhador vivia nessa situação há cinco anos. 

Ele teria sido contratado por um produtor rural da região para realizar a colheita de café em uma área com 1.200 pés da planta. 

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A denúncia chegou ao Ministério Público do Trabalho no Espírito Santo (MPT-ES), que acionou o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para que realizassem uma fiscalização conjunta na propriedade rural onde o idoso trabalhava e residia.

Veja o vídeo:

Durante a ação de fiscalização, foi constatado que na casa onde o idoso vivia não havia cama, fogão, chuveiro e vaso sanitário.

Além disso, o local apresentava muita sujeira. A vítima, conforme depoimento, trabalhava para ganhar comida e, em alguns momentos, chegou a passar fome.

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A equipe de fiscalização também constatou que no local não havia água potável, inexistência de instalações sanitárias, ausência de local adequado para armazenagem ou conservação de alimentos, além de observar a ausência de ambiente para preparo de refeições sem condições de higiene.

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania de Boa Esperança foi acionada para que, de forma emergencial, providenciasse abrigo, alimentação e atendimento médico ao idoso.

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Em audiência, o proprietário do cafezal sustentou a tese de que o idoso desejava viver daquela forma, argumento que foi considerando totalmente inconcebível pela representante do MPT-ES. 

Ao final da audiência, o dono do cafezal concordou em pagar o valor de R$ 24.906,11 referente a verbas contratuais e rescisórias. O MTE, por sua vez, adotou todas as medidas para que a vítima recebesse o seguro-desemprego a que tem direito. O inquérito ainda está em andamento. 

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