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Fenômeno La Niña pode trazer chuva para o ES durante a primavera

Segundo o Incaper, para os próximos seis meses, a previsão sugere uma possível recuperação gradual das chuvas, especialmente a partir de outubro

Maria Clara Leitão

Redação Folha Vitória
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Foto: Thiago Soares/Folha Vitória
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O fenômeno meteorológico La Niña, que tem como principal característica o resfriamento anormal das águas do oceano pacífico sul, pode trazer mais chuvas durante a primavera no Espírito Santo. A estação começa em 22 de setembro. 

Segundo informações do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), para os próximos seis meses, a previsão sugere uma possível recuperação gradual das chuvas, especialmente a partir de outubro. 

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Entretanto, é destacado que o aumento de precipitação pode não ser suficiente para reverter o déficit hídrico no curto prazo, principalmente no norte do Estado.

"Além disso, as temperaturas deverão permanecer elevadas, o que contribui para a alta evaporação da água", descreve o Incaper. 

Ainda segundo o órgão, nos próximos 15 dias, o Estado deve enfrentar acumulados de chuva modestos, entre 10 e 20 mm, concentrados no litoral norte. 

"A evapotranspiração seguirá alta, com perdas de até 80 mm, agravando o déficit hídrico, que pode atingir até 70 mm em algumas regiões", narra o instituto. 

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Durante os meses de janeiro e agosto, a precipitação no Estado oscilou, com chuvas abaixo da média predominando desde março, o que intensificou o déficit hídrico em várias regiões. 

"A evapotranspiração elevada, principalmente nos meses de abril e maio, agravou ainda mais a situação, resultando em um desequilíbrio hídrico acentuado". 

Segundo dados do Monitor de Secas, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), 91,5% da área do Estado está em situação de seca moderada, abrangendo 71 municípios. 

A condição é resultado de chuvas abaixo da média desde abril, associadas a temperaturas acima do normal, que aumentaram a evapotranspiração e agravaram o déficit hídrico, especialmente nas regiões norte e centro-sul.

"As previsões indicam um possível agravamento das condições até a chegada das chuvas, que, embora esperadas a partir de meados de outubro, podem não ser suficientes para reverter o déficit hídrico", finaliza o órgão.
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