Um novo jeito de fazer colunismo social: 41 anos de muitas histórias
Conheça mais sobre a história de Helio Dórea, um dos mais importantes contadores de histórias do Espírito Santo, no Caderno Especial que celebra os seus 65 anos de colunismo diário
Com o sucesso das colunas, e da venda de anúncios em O Diário, não demorou muito para o telefone de Helio Dórea tocar. Afinal, a repercussão entre a high society capixaba crescia a cada dia. E quem não o conhecia de perto já queria saber um pouco mais sobre aquele jovem baiano.
Foi assim que um dia recebeu o telefonema de Eugênio Queiroz, o homem forte do jornal “A Gazeta”. Na cabeça de Dórea apenas uma questão: Por que esse homem tão importante está me chamando para conversar? A descoberta veio no dia do encontro. A quantidade de anúncios que estava levando para “O Diário” chamou a atenção da concorrente. E logo veio o convite para trabalhar no maior jornal do Espírito Santo. Mas, a princípio, assim como havia respondido no jornal da rua Sete, o foco continuava sendo na Odontologia. Decidido em ter Dórea no time, a proposta foi ainda mais sedutora: um gordo salário. Pronto, convite aceito. E assim, em 1º de outubro de 1961, transferiu-se para o jornal “A Gazeta”, onde permaneceu até 2003, conquistando o recorde nacional de permanência num só jornal como colunista: 41 anos ininterruptos.
Junto ao início da parceria, Dórea apresentou a proposta da criação de um caderno social ainda mais abrangente, e com foco no interior do Espírito Santo. E assim foi criado “O Semanário”, suplemento que revolucionou a forma com que o colunismo social era abordado pela imprensa.
Fotos da Galeria
1- Quando completou 30 anos de jornalismo, Helio Dórea foi homenageado na sede do jornal "A Gazeta". Na foto, está ao lado de Maria Alice Lindenberg e da esposa Regina Dórea;
2- Recebendo cumprimento de Cariê Linderberg, na época diretor geral de A Gazeta;
3- Desta vez ao lado de Maria Alice Lindenberg, sendo laureado pela atuação e excelência na história do jornalismo do Espírito Santo.
“O Semanário” era publicado aos domingos e reunia notícias e informações da Grande Vitória, mas também de vários municípios do interior, como Cachoeiro de Itapemirim, Guarapari, Colatina e Linhares. Dessa forma, o caderno realizava uma verdadeira integração social entre colunistas e colunáveis. Inovador e muito bem aceito pelos leitores, ele durou 20 anos e se tornou um marco na carreira de Dórea, e do jornalismo no estado.
Com um olhar atento para a questão comercial, e possibilidades de novos negócios para o veículo de comunicação, Dórea também foi o responsável pela criação das páginas de homenagens e suplementos no jornal, criações que hoje proliferam em jornais daqui e de outros estados. Segundo o colunista, ele criava em razão de trabalhar em cima de orçamentos e metas. Foi assim que surgiram cadernos específicos, voltados para o setor industrial, turístico, de imóveis, e tantos outros.
Fotos da galeria:
1- Encontro de gente bacana: Helio Dórea com o renomado cirurgião plástico Ivo Pitanguy;
2 - Como colunista recebeu a visita, em sua casa, de artistas como Christiane Torloni (foto), Dina Sfat, Tony Ramos, Natália do Vale, bem como o apresentador Flavio Cavalcante, o jornalista Nelson Motta, entre outros;3 - Encontro de bambas: no casamento de Bebel Sued, filha de Ibrahim Sued, na época o colunista número 1 do Brasil, com o colunista Washington Muqui Banhos;pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_05
4 - Com o educador Antônio Pignaton, o filho Victor e Beth Dalcolmo, na época secretária de Comunicação do Governo;
5 - Ainda na época de colunismo no jornal "A Gazeta", com Mariza e Jair Coser, em elegante festa no Copacabana Palace, no Rio de janeiro.
No tempo em que esteve lá, Dórea também desempenhou a função de gerente comercial, cargo que exerceu por 19 anos após convite de Carlos Fernando Monteiro Lindenberg Filho, o Cariê. Em reportagem publicada no jornal "A Gazeta", em 11 de setembro de 2019, Cariê frisou que ao ser convidado pelo então presidente da Rede Gazeta, Eugênio Queiroz, para ser diretor comercial da empresa, disse que não tinha vocação para vender nada e destacou: "Sugeri ao Eugênio que convidasse o Dórea. Ele foi um grande gestor, foi quem salvou a minha vida".
A importância de Helio no tempo em que ficou no jornal "A Gazeta" não se limitou somente ao colunismo social. Ele também foi correspondente do jornal “Diário Carioca”, diretor da “Revista Capixaba” e Chefe do Cerimonial do Palácio Anchieta durante o governo de Christiano Dias Lopes Filho, mas esse será o nosso próximo capítulo.
Helio Dórea- 65 anos de Colunismo Social
Conheça mais sobre a história de Helio Dórea, um dos mais importantes contadores de histórias do Espírito Santo, a partir de dez reportagens do Caderno Especial. Em 2020, Helio completa 65 anos de colunismo diário.
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