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MPES denuncia “Professor Nota 10” e cobra ressarcimento de meio milhão de reais

Segundo a denúncia, Wemerson Nogueira teve a vontade livre e consciente de obter, para si, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo e mantendo pessoas, órgãos públicos e instituições, em erro, mediante meio fraudulento

Redação Folha Vitória
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Wemerson da Silva Nogueira, o  “Professor Nota 10”, foi denunciado à justiça pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Nova Venécia. 

Ele é acusado de usar documentos falsos para comprovar a conclusão de ensino. Na denúncia, o MPES ainda requer o ressarcimento de no mínimo meio milhão de reais pelos danos causados pela infração penal.

Os documentos falsos foram utilizados para comprovar o ensino superior em Bacharel em Farmácia, em Ciências Biológicas, em Química, bem como de Pós-Graduação Lato Sensu em Ciências Biológicas. Em razão disso, ele foi denunciado por infração ao art. 171, na forma do art. 69, ambos do Código Penal. 

Ainda de acordo com a denúncia, o “Professor Nota 10” recebeu R$ 36.333,12 do município de Nova Venécia. Já com o Estado do Espírito Santo, o vínculo do denunciado iniciou-se no ano de 2014. 

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No total, Wemerson teve sete vínculos com o Estado utilizando-se de documentos falsos para comprovar seu grau de instrução. Do Estado, Wemerson recebeu R$ 98.348,07, conforme investigação do MPES.

“Em razão da sua atuação como professor, conseguida por meio fraudulento, o denunciado induziu em erro várias autoridades na seara educacional, tanto no Brasil como no exterior”, diz trecho da denúncia. 

Wemerson participou de diversas conferências como professor e, além disso, recebeu prêmio Sedu Boas Práticas, na categoria Inovador em sala de Aula, em 2014; prêmio Educador Nota10, categoria Educador do Ano, em 2016; e, chegou ao ápice nos frutos de sua fraude ao ser indicado para o prêmio Global Teacher Prize, na categoria Melhor Educador do Mundo, em 2017.

“Assim, observa-se que o denunciado teve a vontade livre e consciente de obter, para si, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo e mantendo pessoas, órgãos públicos e instituições, em erro, mediante meio fraudulento”, diz outro trecho.

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A operação foi batizada como Protágoras, pois ele foi um dos mais importantes sofistas. Pela definição de Aristóteles, a sofística era “a sabedoria (sapientia) aparente mas não real”.

Wemerson Nogueira foi procurado pela reportagem, mas não foi encontrado até a publicação no Folha Vitória. 

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