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Moscou diz que pilotos israelenses usaram aeronave russa como escudo; 15 morreram

Estadão Conteudo

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Todas as 15 pessoas que estavam a bordo do avião de reconhecimento Ilyushin-20 russo derrubado por um míssil sírio sobre o Mar Mediterrâneo, morreram, afirmou o Ministério da Defesa da Rússia nesta terça-feira, 18. A aeronave foi atingida a 35 quilômetros da costa, quando voltava a sua base, segundo o Exército da Rússia.

O governo russo culpou Israel pelo caso, observando que o I-20 foi alvejado em meio ao fogo cruzado de quatro caças israelenses que atacavam alvos no norte da Síria.

"Os pilotos israelenses estavam usando a aeronave como escudo e a empurraram para a linha de fogo das defesas sírias", apontou o porta-voz do departamento, major-general Igor Konashenkov, em comunicado. O ministro da Defesa russo, Serguei Shoigu, se dirigiu a homólogo em Israel, Avigdor Lieberman, para dizer que Israel é "totalmente culpado" pelas mortes.

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Segundo o Exército russo, Israel não avisou sobre a operação na Província de Latakia até um minuto antes do ataque, motivo pelo qual a aeronave russa não teve tempo para escapar. Tanto o Exército como o Ministério da Defesa de Israel se recusaram a comentar a acusação de Moscou.

As buscas pelo avião encontraram a fuselagem no Mar Mediterrâneo e recuperaram alguns corpos e outras partes da estrutura, segundo o governo russo. O Kremlin se demonstrou cauteloso após o incidente, negando comentar um possível enfrentamento com Israel.

O porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dimitri Peskov, disse a repórteres que a situação estava sendo analisada e que, por enquanto, não haviam novas avaliações.

Israel e Rússia têm mantido, há anos, uma linha telefônica especial para evitar que suas forças aéreas se choquem no céu sírio e autoridades militares israelenses haviam anteriormente elogiado a efetividade da ferramenta. Moscou tem sido um aliado chave do presidente sírio, Bashar Assad, e tem duas bases militares no país, uma delas próxima da costa mediterrânea.

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A entrada da Rússia na guerra civil síria em 2015, em apoio a Assad, após mais de um ano de ataques aéreos dos Estados Unidos e sua coalizão contra o grupo extremista Estado Islâmico, aumentou o espectro de confrontos perigosos no céu da Síria. Além disso, tropas da Turquia estão alocadas no norte do país e patrulham, pelo ar, uma região onde Ancara busca aumentar sua influência e frear a expansão dos territórios controlados por curdos sírios.

Israel não se posicionou em nenhum dos lados da guerra civil síria, mas reconheceu ter realizado dezenas de ataques aéreos contra o Irã e a milícia libanesa xiita Hezbollah. Além disso, o país reconheceu também que atacou alvos iranianos cerca de 200 vezes e advertiu que não permitirá que Teerã tenha uma presença militar permanente na síria pós-guerra. Fonte: Associated Press.

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