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Meteorito é resgatado, mas estado do resto do acervo do museu é incerto

Estadão Conteudo

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Um dos itens do acervo resgatados dos destroços do Museu Nacional foi o maior meteorito já encontrado no Brasil, o Bendegó, com 5,36 toneladas. A rocha é oriunda de uma região do Sistema Solar entre os planetas Marte e Júpiter e tem cerca de 4,56 bilhões de anos. Foi encontrado em 1784, em Monte Santo, no sertão da Bahia. Na época do achado, era o segundo maior do mundo. Atualmente, ocupa a 16.ª posição. A pedra espacial integra a coleção do Museu Nacional desde 1888. Nesta segunda-feira, 3, foi encontrado pelos bombeiros e identificado por funcionários da UFRJ.

Oficialmente, o Museu não confirmou o que foi destruído. Representantes da instituição consideram leviano esse reconhecimento antes de uma pesquisa rigorosa. Extra-oficialmente, teme-se que as chamas tenham queimado itens preciosos. Entre eles, três múmias egípcias, as ossadas de baleia jubarte e do dinossauro conhecido como "Dinoprata", diários da princesa Isabel, o mobiliário imperial, a coleção de documentos da Imperatriz Teresa Cristina, afrescos de Pompéia. Parte do que foi queimado pertencia ao Museu do Primeiro Reinado.

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O crânio de Luzia, o mais antigo do continente, estava desaparecido. Ficava em uma caixa, que ainda não tinha sido localizada nesta segunda-feira, 3.

Resgate

Segundo o biólogo Paulo Buckup, que participou da operação de emergência improvisada por funcionários para resgatar parte do acervo na noite de domingo, as perdas se concentraram nos materiais de exposição e nas coleções que ficavam no prédio principal. Ele disse que foram destruídos o arquivo e acervo histórico, a maior parte das coleções entomológicas, antropológicas, das coleções de aracnologia e de crustáceos.

Buckup avaliou que o acervo de paleontologia e mineralogia talvez possa ser em parte resgatado se for feito um trabalho cuidadoso após o rescaldo. Ele contou que conseguiu salvar "alguns milhares" de exemplares de moluscos descritos por pesquisadores dos séculos 19, 20 e 21.

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O biólogo disse que o Departamento de Vertebrados, o Departamento de Botânica, a Biblioteca Principal, o Pavilhão de Salas de Aulas, o Laboratório de Arqueologia na Casa de Pedra, o Anexo Alipio de Miranda Ribeiro, e o Anexo da coleção do Serviço de Assistência ao Ensino não foram atingidos.

Buckup ficou das 20h30 até 22h de domingo na parte traseira do prédio, até que foi retirado por bombeiros. Descreveu um cenário de pavor, com fogo em andares superiores. O biólogo afirmou que viu as chamas se iniciarem na parte do prédio logo atrás da fachada, entre o segundo e o terceiro andares. Ali funcionavam salas da administração, central multimídia, coleções de populações indígenas, e um manto imperial, segundo ele.

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