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Lava Jato no Rio revela duas contas que giraram US$ 44 mi em cinco anos

Estadão Conteudo

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A Operação Marakata, desdobramento da Lava Jato no Rio, deflagrada nesta terça, 4, encontrou indícios de contas internacionais movimentaram cerca de US$ 44 milhões. A ação da PF, da Receita e do Ministério Público Federal cumpriu cinco prisões preventivas e fazendo buscas e apreensões em endereços de nove pessoas e três empresas, contra um suposto esquema de comércio ilegal de esmeraldas e outras pedras preciosas e semipreciosas envolvendo evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

A operação da Força-tarefa Lava Jato/RJ é um desdobramento da Câmbio Desligo, que, segundo a Procuradoria do Rio, 'revelou a capilaridade da rede de negócios de Dario Messer, o "doleiro dos doleiros", cujo sistema paralelo de compensações conciliava interesses de clientes de doleiros distintos (transações eram feitas fora do alcance de autoridades, a fim de lavar rendimentos da corrupção, sonegação fiscal e outros crimes)'. O sistema foi exposto a partir da colaboração de dois doleiros que movimentaram mais de US$ 1,6 bilhão em contas de 3 mil offshores em 52 países.

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Entre os alvos da Operação Marakata investigados no sistema de câmbio ilegal comandado por Messer estão os sócios-administradores da Comércio de Pedras O S Ledo, Marcello Luiz Santos de Araujo e Daisy Balassa Tsezanas, que trabalham comprando esmeraldas e outras pedras de garimpos na Bahia e as exportam para empresários indianos usando notas fiscais e invoices falsos.

Segundo o MPF, A O S Ledo, comerciante de pedras preciosas, 'é investigada por ter status equiparado ao de doleiros que forneciam dólares no exterior para as operações de compensação paralela que vieram a público na Operação Câmbio Desligo'.

"Os dólares provinham de pagamentos "por fora" com a exportação de esmeraldas e outras pedras para empresas, principalmente da Índia e Hong Kong (como Golden Whell Impex, Gloria International Trading, Gemoro, Kge Rough Gems, Precious Gems, Akar Gems, Beads Paradise e Unique Gems). Parte dos valores era internalizado no país pelo sistema de dólar-cabo invertido e usado para pagamentos em reais, também "por fora", aos garimpeiros e atravessadores com os quais a O S Ledo negociava as pedras no mercado nacional", diz a Procuradoria.

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