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Grã-Bretanha e Equador buscam dar fim ao impasse de Assange

Estadão Conteudo

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O presidente do Equador, Lenín Moreno, disse na quarta-feira 26 que seu país e a Grã-Bretanha estão trabalhando em uma solução legal para que o engenheiro de computação, ciberativista e fundador do Wikileaks, Julian Assange, possa deixar a embaixada equatoriana em Londres. Moreno afirmou que os advogados do ciberativista estão cientes das negociações, mas não forneceu outros detalhes.

Assange está na embaixada há mais de seis anos. Ele ganhou fama quando publicou documentos secretos dos Estados Unidos. Há um mandado de prisão contra ele no Reino Unido por não ter feito o pagamento de uma fiança.

O ativista teme que, caso saia da embaixada do Equador, possa ser extraditado para os EUA, onde funcionários de alto escalão falaram sobre a possibilidade de processá-lo pelo roubo de informações confidenciais. As acusações anteriores de agressão sexual feitas contra ele na Suécia foram retiradas.

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Moreno disse que seu país vai trabalhar para a segurança de Assange e preservação de seus direitos humanos, enquanto busca uma maneira de que ele possa sair da embaixada. "Ficar cinco ou seis anos em uma embaixada já viola seus direitos humanos, mas sua presença na embaixada também é um problema", declarou o presidente.

A administração anterior do Equador concedeu asilo a Assange em 2012, dizendo temer que sua vida estivesse em perigo após a publicação de milhares de telegramas diplomáticos, que colocaram funcionários do governo americano em uma posição difícil.

Nos últimos dois anos, o acesso do ativista à internet foi suspenso em diversas ocasiões, já que ele continuou a hackear políticos de diferentes países e a fazer declarações controversas através de suas redes sociais. "Eu entendo que ele atualmente não tem acesso (à internet) para impedi-lo de fazer isso de novo", disse Moreno. "Mas se o sr. Assange prometer parar de emitir opiniões sobre a política de nações amigas, como a Espanha ou os EUA, então não haverá problema."

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O governo do Equador disse que as atividades de Assange na embaixada, incluindo a publicação de milhares de e-mails de Hillary Clinton antes da eleição presidencial de 2016 nos EUA, comprometeram suas relações com outros países. "Eu não concordo com o que ele faz", disse Moreno. "Ver alguém violando o direito das pessoas de se comunicar de maneira privada me faz sentir desconfortável."

Por sua vez, Assange argumenta que está simplesmente monitorando as ações de alguns dos políticos mais poderosos do mundo e exercendo seu direito à liberdade de expressão. (AP)

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