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França reconhece tortura sistemática na Argélia

Estadão Conteudo

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Em um gesto inédito e histórico, o presidente da França, Emmanuel Macron, reconheceu nesta quinta-feira, 13, a responsabilidade do Estado francês na tortura e morte do militante comunista Maurice Audin, assassinado nos porões da repressão na Argélia.

O destino do matemático argelino foi selado no dia 11 de junho de 1957, durante a Batalha de Argel, e até aqui a autoria de sua morte e o envolvimento do Estado não haviam sido oficialmente explicados por nenhum governo. Além do anúncio, Macron visitou a viúva de Audin, Josette Audin, de 87 anos.

Antes dele, o ex-presidente socialista François Hollande, que governou entre 2012 e 2017, havia reconhecido apenas que o matemático não havia fugido da prisão, como explicava a versão oficial das Forças Armadas.

"O presidente decidiu que é tempo de a nação cumprir um trabalho de verdade sobre o assunto", diz o comunicado distribuído pelo Palácio do Eliseu. "Ele reconhece, em nome da república, que Maurice Audin foi torturado e executado ou torturado até a morte por militares que o haviam detido em seu domicílio."

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Como o jornalista Vladimir Herzog no Brasil, Audin representa um símbolo da repressão violenta do Estado francês na guerra de libertação da Argélia, ex-colônia francesa na África. Sua prisão arbitrária, seu desaparecimento, as suspeitas de tortura e de morte, foram por 61 anos usadas como exemplo das arbitrariedades das Forças Armadas francesas no conflito. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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