/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_TOPO |
Geral

EUA: mulher relata assédio de juiz indicado à Suprema Corte; votação ocorre hoje

Estadão Conteudo

audima
audima
pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_02

A Comissão de Justiça do Senado dos EUA ouviu nesta quinta-feira, 27, os depoimentos do juiz Brett Kavanaugh, indicado pelo presidente Donald Trump para a Suprema Corte, e da psicóloga Christine Blasey Ford, que o acusa de assédio sexual. Ambos deram declarações fortes, em tom emocionado. Ela disse ter "100% de certeza de que foi atacada por Kavanaugh. Ele negou com veemência as acusações.

Christine acusa Kavanaugh de tentar estuprá-la em uma festa em 1982, quando eles estavam no ensino médio. Ela deu um depoimento contundente no qual disse não ter dúvidas sobre o que aconteceu. Aos senadores, ela disse que a risada do juiz e de um amigo dele é a memória mais forte que possui daquele dia.

Nesta quinta-feira, Christine deu detalhes do que aconteceu na festa e disse que o juiz e um amigo a empurraram para dentro de um quarto. Segundo ela, Kavanaugh estava bêbado, a apalpou e tentou tirar sua roupa. Christine disse que tentou gritar, mas teve a boca tampada por ele.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_03

De acordo com ela, os dois não eram próximos, mas estiveram em outras festas juntos. Aos senadores, ela disse estar "aterrorizada", mas afirmou que considerou necessário fazer a denúncia. Desde que se pronunciou pela primeira vez, outras duas mulheres levantaram acusações de cunho sexual contra Kavanaugh: Julie Swetnick e Deborah Ramirez.

Após Christine, foi a vez de Kavanaugh dar sua versão. Aos senadores, o juiz disse que nunca assediou uma mulher. "Eu gostava de cerveja. Eu ainda gosto de cerveja. Mas eu não bebo cerveja a ponto de 'apagar'e nunca abusei sexualmente de ninguém", afirmou. "Minha família e meu nome foram permanentemente destruídos por acusações falsas", afirmou o juiz, que acusou os democratas de fabricar o escândalo para barrar sua nomeação.

Na quarta-feira, dia 26, o presidente Donald Trump disse que poderia ser convencido das acusações e afirmou que assistiria ao discurso de Christine. A fala foi uma mudança no tom do presidente, que até então vinha sugerindo que as acusações eram falsas.

pp_amp_intext | /1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_04

Nesta quinta-feira, no entanto, Trump voltou a adotar um tom agressivo, mostrando solidariedade a Kavanaugh. "Ele mostrou aos EUA exatamente por que eu o escolhi para a Suprema Corte", disse Trump, no Twitter. "Seu depoimento foi poderoso, honesto e cativante."

Indecisos

No início da noite, apesar do depoimento de Christine, a votação para confirmar o nome de Kavanaugh foi mantida para esta sexta-feira, 28. No entanto, os republicanos não tinham certeza se teriam votos suficientes para aprová-la.

O suspense havia sido mantido porque quatro senadores moderados ainda permaneciam indecisos.

Os republicanos Lisa Murkowski, Jeff Flake e Susan Collins, e o democrata Joe Manchin, dispensaram os assessores e se trancaram em um gabinete do Senado para debater o caso.

Analistas diziam que a decisão dos quatro determinaria o futuro do juiz Kavanaugh na Suprema Corte. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |
/1034847/FOLHA_VITORIA_AMP_FINAL_DA_MATERIA |

Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao utilizar nossos serviços, você concorda com tal monitoramento. Saiba mais sobre nossa Política de Privacidade.