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China considera rejeitar novas negociações com ameaça de tarifas, dizem fontes

Estadão Conteudo

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Em meio às ameaças americanas de anunciar nos próximos dias novas tarifas a importações chinesas, Pequim está considerando rejeitar a oferta do governo do presidente americano, Donald Trump, de retomar as negociações comerciais, segundo fontes informaram à agência de notícias Dow Jones Newswires. Um conselheiro do governo chinês em questões de política externa teria dito que "a China não vai negociar com uma arma apontada para sua cabeça".

"Há muita incerteza agora", disse uma das fontes. "Se mais tarifas saírem, o lado chinês poderia muito bem optar por não ir [às negociações]". Os funcionários apontam que nenhuma decisão final foi tomada ainda em relação às viagens para retomar as tratativas, que aconteceriam no fim deste mês.

Ontem, fontes informaram à mesma agência de notícias que Trump planeja anunciar novas tarifas sobre cerca de US$ 200 bilhões em importações chinesas nos próximos dias.

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Além disso, a China pode adotar "restrições à exportação" como forma de reagir aos EUA, não apenas tarifas retaliatórias, afirmou o ex-ministro da Fazenda Lou Jiwei em um evento neste domingo. Algumas autoridades chinesas envolvidas no assessoramento da liderança estão propondo a intensificação da luta comercial para restringir as vendas de materiais, equipamentos e outras peças importantes da China aos EUA. Tais restrições podem até se aplicar aos iPhones da Apple, que são montados na potência asiática, disseram as autoridades, sem dar detalhes. A Apple não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, enviou no início da semana passada um convite ao vice-primeiro-ministro Liu He para uma nova rodada de negociações.

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