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Terapeuta preso na Rússia com chá alucinógeno cumprirá restante da pena no Brasil

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Nova York - Preso na Rússia há mais de um ano sob acusação de tráfico internacional de drogas, o terapeuta holístico brasileiro Eduardo Chianca poderá cumprir o restante de sua pena no Brasil, graças a acordo fechado entre os ministros das Relações Exteriores dos dois países, Aloysio Nunes Ferreira e Serguei Lavrov.

Chianca foi detido no dia 31 de agosto de 2016, quando entrou na Rússia portando oito litros de chá de ayahuasca. Segundo ele, a bebida era para consumo próprio. Em maio, o brasileiro foi condenado a seis anos e meio de prisão. Na semana passada, a pena foi reduzida para três anos.

Usado em rituais do Santo Daime e também em cerimônias indígenas, o chá de ayahuasca contém a substância dimetiltriptamina, permitida no Brasil, mas vedada na Rússia. A possibilidade de transferência de Chianca já havia sido discutida pelos presidentes Michel Temer e Vladimir Putin na reunião do Brics realizada na Índia em outubro de 2016.

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"Ainda não temos um acordo que permita de maneira geral que se possa cumprir pena no país de origem. Houve disposição de negociar um acordo, mas enquanto isso não acontece a transferência pode ser feita com a promessa de reciprocidade", disse Aloysio depois do encontro com Lavrov.

Com 67 anos, o brasileiro foi detido no aeroporto de Domodedovo, em Moscou, quando retirava suas bagagens da esteira. Paraibano, ele mora no Recife e dá palestras sobre uma prática de cura espiritual chamada "Frequências de Luz".

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