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Miliciano é morto após transmissão ao vivo durante suposta ocupação de favela

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Rio - Um integrante de milícia (grupo armado que controla favelas e extorque moradores oferecendo proteção contra traficantes) foi encontrado morto a tiros neste sábado (16), menos de 24 horas após fazer uma transmissão ao vivo pelo Facebook se gabando de ter dominado a favela Nogueira, em Realengo (zona oeste do Rio), junto com seus comparsas, e expulsado traficantes da facção criminosa ADA (Amigos dos Amigos). A Polícia Civil investiga o caso, mas ainda não sabe quem matou o rapaz. Uma hipótese é que ele tenha sido morto pelos próprios comparsas, como retaliação pela divulgação das imagens.

"Estou ao vivo no Nogueira. Tomei! Nogueira é nosso! Perdeu. É o Bonde dos Cria. Acabou ADA no Jardim Novo", afirma no início do vídeo o rapaz, identificado pelos comparsas com o apelido de Cigarrão. "Bonde dos Cria" seria o nome da milícia. "Já estou cobrando o comércio. Acabou a palhaçada", continua Cigarrão no vídeo, referindo-se à primeira cobrança instituída pelos milicianos, para autorizar que comerciantes continuem trabalhando.

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Ao longo do vídeo, de pouco mais de três minutos, Cigarrão mostra vários comparsas, alguns deles armados com fuzis. Um deles se preocupa com a repercussão das imagens e pergunta ao comparsa: "Tu vai jogar no Face (Facebook)?" Cigarrão nega e diz que iria excluir o vídeo.

Como a transmissão foi feita ao vivo, no entanto, as imagens estavam sendo transmitidas imediatamente, e o próprio Cigarrão afirma, mais tarde, que "deve estar o maior bondão na cadeia assistindo". A polícia não sabe a que horas o vídeo foi gravado, mas estima que tenha sido no amanhecer de sábado.

No sábado, Cigarrão foi morto a tiros. Imagens de seu rosto deformado pelas balas foi divulgado pelas redes sociais. A morte está sendo investigada pela Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco).

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