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Jungmann: Ministério da Defesa deve encerrar cerco à Rocinha nesta sexta-feira

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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Rio - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou nesta quinta-feira, 28, que o Ministério da Defesa encerra na sexta-feira, 29, o cerco à Rocinha, iniciado na sexta-feira passada devido ao confronto entre grupos rivais pelo tráfico na comunidade, na zona sul do Rio. A medida vinha sendo discutida entre o Comando Militar do Leste (CML) e as forças de segurança. Pesou a convicção de que a comunidade, após os choques entre criminosos iniciados no dia 17, está estabilizada. Isso possibilitaria que os 950 oficiais e praças se retirassem, segundo Jungmann disse ao jornal "O Estado de S. Paulo". "Sairemos possivelmente amanhã (sexta-feira, 29)", afirmou, antes do anúncio oficial.

Mais cedo, o porta-voz do CML, coronel Roberto Itamar, afirmara que as Forças Armadas poderiam sair a "qualquer momento" da favela da Rocinha, na zona sul do Rio. Segundo o coronel, todos os dias era avaliada essa possibilidade, "na medida em que a situação na Rocinha já está sendo normalizada". As conversas sobre a saída das forças ocorriam todos os dias e envolviam representantes de todas as forças que participam da operação integrada, informou o oficial.

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"O papel das Forças Armadas é ajudar na normalidade; a partir daí, as forças de segurança reassumem no dia-a-dia, como acontece, segue a vida. Se tiver algum problema, a gente volta", disse ao jornal.

Na Rocinha, teme-se que, com a saída das Forças Armadas, o conflito pelo domínio recomece. É possível que os bandos ligados a Rogério 157 e ao seu rival, Antonio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, preso no presídio federal de Rondônia, retomem os choques armados pelo domínio da região.

Normalidade

Aos poucos, os serviços na Rocinha vão voltando à normalidade. As escolas da rede municipal de ensino da região estão todas funcionando, segundo informou a secretaria de Educação. O atendimento nos postos de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) também voltou ao normal. Desde esta quinta, equipes que haviam sido transferidas para outras unidades desde a semana passada voltaram a atuar na favela.

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Segundo a Secretaria de Saúde, ações extras serão realizadas a partir desta sexta-feira. A Vigilância Sanitária circulará com veículos pela Rocinha para aplicar vacinas contra a raiva em cães e gatos. Além disso, técnicos do órgão ficarão em pontos fixos para emitir a licença sanitária de bares, restaurantes, padarias, salões de beleza, clínicas médicas e dentárias, pet shops e estúdios de piercing e tatuagem.

Enquanto as ações das forças de segurança diminuem na favela da zona sul, a busca por traficantes ligados a Rogério 157 foi intensificada em outras comunidades do Rio. Nesta quinta-feira, os batalhões de Ações com Cães (BAC), de Operações Especiais (Bope) e de Choque da Polícia Militar vasculharam as favelas Parque União e Nova Holanda, no Complexo da Maré, na zona norte do Rio.

No Parque União, o Batalhão de Choque prendeu dois suspeitos. Os policiais ainda apreenderam uma pistola calibre 9 mm, munições, 318 kg de maconha, duas granadas caseiras, um kit rajada, um casaco do Exército, uma farda, uma máquina de fabricação de ecstasy, quatro balanças de precisão e outros materiais. Uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas foi desativada.

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Na Nova Holanda, os policiais do BAC apreenderam dois fuzis M16, três réplicas de fuzil, uma pistola calibre 45 mm, duas réplicas de pistolas e mais de uma tonelada em drogas, achada com ajuda de um cão farejador. A maior quantidade era de maconha, mas foram encontrados ainda 260 pinos de cocaína, 165 pedras de crack, 65 trouxinhas de haxixe e uma de skank.

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