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Vírus é encontrado em lágrimas de camundongo

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - Cientistas confirmaram, com experimentos em camundongos, que o vírus zika pode ficar em regiões específicas dos olhos em adultos infectados, causando problemas como conjuntivite e uveíte, que são observados em até 15% dos pacientes.

Nesse novo estudo, publicado nesta terça-feira, 6, na revista cientifica Cell Reports, os pesquisadores mostram que as lágrimas de camundongos adultos tinham vestígios do material genético do zika 28 dias após a infecção, mesmo depois de o vírus já ter sido eliminado pelo sistema imunológico dos animais.

Segundo a equipe de cientistas, liderada por pesquisadores da Universidade de Washington em St. Louis (Estados Unidos), a presença do RNA do vírus nas lágrimas dos animais adultos pode indicar que o zika continua se replicando na glândula lacrimal ou na córnea, onde fica fora do alcance das defesas naturais do sistema imune.

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"Nosso estudo sugere que os olhos podem ser um reservatório para o vírus da zika. Precisamos observar se as pessoas com zika têm o vírus em seus olhos e por quanto tempo ele persiste ali", disse Michael Diamond, um dos autores do estudo.

No experimento, camundongos adultos, modificados geneticamente para se tornar suscetíveis à infecção por zika, receberam sob a pele uma injeção com o vírus, a fim de simular a infecção por meio de mosquitos. Nenhum sinal da doença apareceu nos olhos até sete dias após a injeção, mas em seguida os animais desenvolveram conjuntivite - sintoma que já foi detectado em humanos adultos com zika - e uveíte, uma inflamação da úvea, parte do olho onde estão localizadas a retina e a íris, além do nervo óptico.

Lágrima infectada

A confirmação da infecção nos olhos, segundo os autores dessa pesquisa, levanta a hipótese de que humanos possam ser infectados pela zika ao ter contato com as lágrimas de outras pessoas infectadas. "É preciso fazer novos estudos. Embora não tenhamos encontrado o vírus vivo nas lágrimas dos camundongos, isso não significa que elas não sejam infecciosas para humanos", disse Jonathan Miner, outro dos autores. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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