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Geral

Multa de até R$ 295 mil para evitar desperdício de água no Estado

A fiscalização acontece em todos os municípios do Estado, mas a prioridade é o interior. A crise hídrica no Espírito Santo já dura mais de três anos

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A medida foi tomada contra o desperdício Foto: Divulgação
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Na tentativa de combater o desperdício de água no Estado, a Agência Estadual de Recursos Hídricos (Agerh) assinou um convênio com o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) que passa a ter atribuições administrativas, ou seja, os militares poderão lacrar bombas e multar quem estiver desperdiçando água ou captando de forma irregular. A multa pode chegar até R$ 295 mil. 

O convênio foi assinado no início deste mês e, de acordo com o tenente Samir Scardini, do BPMA, já existia uma resolução que permitia apenas que os militares lacrassem as bombas de captação de água instaladas de maneira irregular e em locais com abastecimento comprometido.

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Com a crise hídrica que o Estado enfrenta por causa da estiagem que já dura três anos, a ampliação da atuação da polícia ambiental foi antecipada.

“Eu acredito que o convênio já iria acontecer, mas foi antecipado por causa da crise.  A partir de agora podemos autuar a empresa que esteja gastando mais água e fora do horário que foi informado no contrato.  Isso acontecerá também nas propriedades que estejam captando água de maneira irregular. Além de lacrar as bombas destes locais, poderemos autuar e fazer um boletim criminal”, explicou.

Racionamento já atinge 16 municípios capixabas 

O tenente informou ainda que o batalhão atua em todo o Espírito Santo e que a captação de água para o consumo humano e para matar a sede de animais pode ser feita durante todo o dia, já para outros fins, a captação só pode ser feita das 18 horas até às 5 horas da manhã.

“A realidade é que a maior parte do uso de água é para fins agrícolas e industriais e por conta disso, justamente nestes locais são onde acontecem mais irregularidades e desperdício”, afirmou o militar.

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A fiscalização acontece em todos os municípios do Estado, mas a prioridade é o interior. Diariamente entre 20 e 25 equipes de policiais militares ambientais trabalham e chegam a atender até três municípios.

Poços artesianos e uma barragem são identificados no Rio Bananal

Poço artesanal foi descoberto no interior do Estado. Foto: Polícia Ambiental 

Sete poços artesianos foram identificados no Córrego Araújo, zona rural de Rio Bananal, nesta segunda-feira (12). Além de uma barragem cobrindo uma parte do rio. As atividades eram realizadas sem autorização ambiental.

O Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) recebeu uma denúncia sobre a construção de poços artesianos e captação de água para irrigação de lavoura, uma equipe foi ao local e verificou os fatos.

No local, um funcionário do proprietário acompanhou a fiscalização. Foram constatados sete poços artesianos recentes, fora de área de preservação permanente.

Seis poços estavam inativos e não estavam acoplados a bombas hidráulicas, porém, um poço estava com uma bomba hidráulica submersa com o encanamento direcionado a caixa d’água de uma residência. Também foi identificada uma barragem no mesmo terreno com fins de irrigação.

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O infrator informou possuir a outorga para o uso da água, porém como esta não foi apresentada, foi orientado a retirar o encanamento que leva água do poço artesiano até a barragem.

O proprietário cometeu crime de construir serviços potencialmente poluidores sem licença ambiental. A detenção prevista é de um a seis meses, além de multa. O termo de compromisso foi assinado.

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