Casteglione diz que se sentiu ameaçado por "brincadeira" em rede social
Prefeito de Cachoeiro entrou com uma ação na Justiça cobrando explicações de uma jovem que escreveu no Facebook que preferia que Deus levasse o petista no lugar de Cristiano Araujo
"Me senti ameaçado". Essa foi a declaração do prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, no sul do Estado, Carlos Casteglione (PT), para justificar uma ação na Justiça ajuizada contra uma auxiliar administrativa do município. No final de junho, Juliana Louzada, de 28 anos, escreveu, em uma rede social, que preferia que o prefeito e a presidente Dilma Rousseff tivessem morrido no lugar do cantor sertanejo Cristiano Araújo.
Uma audiência de conciliação foi realizada na tarde desta terça-feira (15), no 1º Juizado Especial Criminal do município, para esclarecer o ocorrido. Na
"Preciso preservar a minha integridade física, a relação com a minha família e com as pessoas da cidade. Nenhum cidadão pode ser ameaçado daquela forma. Foi apenas um pedido de explicação a quem fez a declaração nas mídias sociais. Mas ela se explicou, eu estou satisfeito e estamos resolvidos. Por mim finalizou aqui", declarou o prefeito.
Já a auxiliar se disse surpresa com a repercussão causada com a postagem. No entanto, garante que não se arrepende de ter publicado a mensagem.
Na área interna do fórum Desembargador Horta Araújo, onde foi realizada a audiência, amigos de Juliana fizeram uma manifestação de apoio à auxiliar e vaiaram o prefeito quando ele se aproximou da sala de audiência. E nas redes sociais, a jovem também recebeu diversas manifestações de apoio. A postagem no Facebook em que Juliana disse ter sido intimada para a audiência teve mais de 6 mil curtidas, 1,8 mil comentários e 1,3 mil compartilhamentos até o início da noite desta terça-feira. A grande maioria dos comentários são de apoio à jovem.
Entenda o caso
Juliana Louzada foi intimada a prestar esclarecimentos à Justiça a respeito da seguinte frase, postada no Facebook: "Meu Deus, leve a Dilma e o Casteglione e devolva o Cristiano Araujo". A mensagem, de acordo com a auxiliar, foi publicada no dia 24 de junho e visualizada por cerca de 300 pessoas.
A jovem, no entanto, decidiu apagar a frase após alguns comentários. "Apaguei há algumas semanas, após receber um comentário de uma pessoa ligada à prefeitura. Não queria dar continuidade ao assunto", explicou.
Nesta segunda-feira, Juliana postou uma foto da intimação, explicou o que aconteceu e informou que a audiência estava marcada para a tarde desta terça-feira. A reação dos demais internautas foi imediata e, em pouco tempo, a notícia sobre a polêmica audiência já havia se espalhado pela internet.