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Escolas infantis grandes e pequenas dividem opiniões

Estadão Conteudo

Redação Folha Vitória
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São Paulo - Uma escola pequena com turmas menores e estrutura especializada ou um colégio em que é possível seguir nas próximas etapas de ensino e criar forte vínculo. As duas opções costumam encher os pais de dúvidas e dificultar a escolha da instituição em que o filho iniciará a educação infantil. A melhor alternativa dependerá de qual experiência a família deseja proporcionar para a criança.

Em geral, quem escolhe instituições que têm apenas educação infantil quer acolhimento para os filhos. Sem convívio com crianças maiores, a ideia é personalizar a atenção. Para especialistas, o foco na creche e na pré-escola ajuda na construção de currículos e espaços mais adequados para as faixas etárias.

Essa foi a opção de Tatiana Freire para o filho Kauã, de 4 anos, que estuda na Balou Berçário e Escola, no Morumbi, zona sul da capital. "Ouvi que a criança teria mais independência na escola grande, mas ele se desenvolveu muito bem na menor." Segundo a gerente comercial, sua escolha foi influenciada pela estrutura adaptada, que vai de turmas pequenas a móveis sem quinas e brinquedos próprios para cada idade.

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A chance de estudar em ambiente em que todos se conhecem também pesa na decisão dos pais. "O clima é familiar. A escola se torna extensão da própria casa", diz a psicóloga Ana Paula Tanan, que matriculou os filhos em um colégio só de educação infantil. Arthur, de 5 anos, e Maria Fernanda, de 3, estudam na Sol da Vila, na Vila Madalena, zona oeste.

Evitar o convívio com os mais velhos é outro aspecto ponderado pelas famílias. Para elas, dividir espaço com crianças maiores e adolescentes pode levar a brigas ou contato precoce com materiais não recomendados.

Transição. Apoiar a passagem dos alunos para o ensino fundamental é tarefa das escolas de educação infantil exclusiva. "No último ano, trabalhamos o ganho de autonomia", explica Fabiane Boyadjian, diretora da Escola Balou. "Se antes a professora retirava a agenda da mochila, neste momento a criança fica responsável por isso."

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"Pesquisas internacionais mostram que escolas pequenas funcionam melhor nessa fase", diz Maria Carmen Barbosa, da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Para ela, o risco de oferecer várias etapas no mesmo lugar é antecipar conteúdos. "Por pressão da cultura e da família, há tendência de só preparar para o 1º ano." Outro problema é reduzir a chance de encarar novos grupos sociais.

Sequência

Ao contrário de quem busca escolas pequenas, algumas famílias miram a continuidade nas maiores. A criança entra em uma instituição na qual pode seguir nas próximas etapas de ensino. Assim, defende parte dos pais e especialistas, a aprendizagem ficará sob a mesma linha pedagógica e os laços sociais serão mais fortes.

"Minha escolha foi pela sensação de comunidade", diz a designer Eliana Abitante, que matriculou a filha em uma escola com aulas até o ensino médio. Olívia, de 5 anos, estuda no Colégio Equipe, em Higienópolis, na região central. Segundo Eliana, o convívio com os colegas maiores enriquece. "Isso nunca foi problema, mas um valor. Ela aprende com outros de várias idades. No futuro, ensinará os mais novos."

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Na educação infantil do Equipe, as turmas mesclam alunos de 3 a 5 anos. Como na maioria dos colégios mistos, os pequenos têm horários e espaços reservados. Mas também há atividades de integração, em que os mais velhos ajudam as crianças.

Para os pais, outro aspecto positivo é que o matriculado na educação infantil tem vaga garantida na mesma instituição nas etapas seguintes. A proximidade de casa e o interesse em manter irmãos de diferentes idades no mesmo lugar também influenciam a escolha.

Para a professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), Maria Letícia Barros Nascimento, ficar no mesmo colégio tem benefícios. "Se a criança se sente confortável, melhor. Já conhece as pessoas e as dependências."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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